20 de Julho de 2010 - 11h:29

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Fusão entre empresas é tendência para ampliar mercado nacional e internacional

Está cada vez mais comum empresas rivais juntarem forças para competir mundialmente.

Por: Redação Administradores

Nos últimos anos, foi constatada uma série de fusões entre empresas que, durante um longo período, disputaram de forma acirrada o mesmo espaço no mercado. No Brasil, um dos principais exemplos desse processo é a união das cervejarias Brahma e Antarctica, gerando a AMBEV (Companhia de Bebidas das Américas), umas das principais companhias do setor no mundo.

Além dessa aliança, outro exemplo de união entre empresas rivais foram dos bancos privados Itaú e Unibanco, que se tornaram uma das grandes redes do segmento. Mundo afora, outros casos podem ser apresentados, como, por exemplo: Daimler/Chrysler, Exxon/Móbil e AOL/Time Warner.

Essa tendência de fusões entre concorrentes, até certo tempo atrás, era considerada inadmissível, mas com a globalização e o desejo das empresas de conquistarem cada vez mais mercado nacional e internacional tornou-se um forte aliado para ampliar os negócios.

"Essa é uma tendência, principalmente caso as empresas tenham o objetivo de atuar no mercado externo. Assim como as companhias estrangeiras, as brasileiras estão percebendo que, para competir bem fora do país, a fusão é a maneira mais rápida de ganhar em escala de mercado", revela o economista Laerte Russo Farias.

Farias afirma que, quando falamos de corporações com grande quantidade de funcionários, atuação internacional e elevado faturamento, entre outras características, o processo de negociação pode ser extremamente complexo e demorado. "É fundamental a contratação de um profissional que saiba lidar com o método de negociação e tenha expertise em trabalhar com sigilo, organização, além de uma boa carteira de prováveis investidores e compradores", diz.

A complexidade vai muito além da junção de duas empresas. São necessárias diversas análises para concluir a viabilidade do negócio. "Diagnosticar os riscos legais da operação, preparar a reestruturação societária, elaborar acordos entre acionistas, fazer o planejamento tributário, trabalhar junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica e demais órgãos de defesa da concorrência são algumas ações essenciais para a concretização do negócio com sucesso", finaliza o economista. 

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