11 de Outubro de 2018 - 14h:26

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Dólar oscila, com exterior e após pesquisa Datafolha

Na véspera, o dólar subiu 1,42%, vendido a R$ 3,7617.

Por: G1

O dólar oscila nesta quinta-feira (11), após a pesquisa Datafolha de intenção de votos para o segundo turno da eleição presidencial e influenciado pela trajetória da moeda norte-americana no exterior.

 

Às 14h18, a moeda norte-americana recuava 0,04%, vendida a R$ 3,7603. Na mínima até o momento, chegou a R$ 3,7180, e na máxima, a R$ 3,7703.

 

O feriado doméstico na sexta-feira e o ambiente de maior cautela no exterior, entretanto, podem promover ajustes durante a sessão local, segundo a Reuters.

 

Os índices futuros das bolsas norte-americanas amanheceram no negativo, passaram a subir depois de dados da inflação ao consumidor no país mais fracos do que o esperado, mas depois mudaram de lado novamente. Dow Jones e S&P iniciaram a tarde com recuo superior a 1%. Na véspera, Wall Street já havia tombado diante da percepção do aumento progressivo das taxas de juros pelo Federal Reserve (BC norte-americano).

 

Nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou novamente o Fed pelo aumento dos juros, mas seu assessor econômico, Larry Kudlow, negou que ele estivesse endereçando a política de juros do Fed.

 

O dólar caía ante a cesta de moedas e ainda sobre as divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano.

 

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 3,465 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

 

Na véspera, o dólar subiu 1,42%, vendido a R$ 3,7617, repercutindo declarações do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) sobre a reforma da Previdência e Eletrobras.

 

Ajustes nas perspectivas
Desde agosto, a moeda norte-americana vinha se mantendo acima de R$ 4, em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que fez aumentar a procura por proteção em dólar.

 

A expectativa de que a cautela iria predominar nos mercados foi substituída por ajuste de posições nos últimos pregões, em meio ao resultado das últimas pesquisas eleitorais antes do 1º turno.

 

O mercado prefere candidatos com viés mais reformista e entende que aqueles com viés mais à esquerda não se enquadram nesse perfil. E, diante do resultado do 1º turno, o mercado entende que o país poderá ser governado por alguém com o perfil adequado à sua preferência.

 

A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 permaneceu em R$ 3,89 por dólar, segundo previsão de analistas de instituições financeiras divulgada por meio de boletim de mercado pelo Banco Central nesta semana. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,83 por dólar.

 

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