11 de Julho de 2018 - 15h:32

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Recuperações diminuem em MT

De janeiro a junho foram registrados 35 requerimentos de recuperação, contra 42 do mesmo período de 2017 (-16%).

Por: Karina Arruda, A Gazeta

As recuperações judiciais de empresas perderam o ritmo no 1º semestre de 2018 e a queda chega a 63%, segundo o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. De janeiro a junho foram registrados 35 requerimentos de recuperação, contra 42 do mesmo período de 2017 (-16%). Os deferimentos caíram de 31 para 26, baixa de 16%. As concedidas tiveram retração mais intensa, passando de 33 em 2017 para 12 este ano, queda de 63,6%. 

 

Allison Giuliano Franco e Sousa, advogado especialista em recuperação judicial, salienta que apesar da queda no volume em Mato Grosso, ainda não houve uma recuperação de mercado e da economia. “Basta olhar que mais empresas também fecharam as portas. Essa queda é resultado de uma decisão do próprio empresário. Muitas vezes ele começa a verificar os custos do processo e observa que pode ser mais oneroso devido aos custos processuais”.

 

O empresário opta por promover o corte de custos enquanto pode e até mesmo por fechar a empresa por causa do “preconceito” que paira sobre a recuperação judicial, de acordo com o advogado. “Apesar de ser uma ferramenta eficiente para a recuperação, o processo é mal visto pelo mercado, para o marketing da empresa”, comenta. Mesmo com a baixa no 1º semestre, o advogado aposta em um aumento no volume de pedidos no 2º semestre de 2018, devido à lenta recuperação da economia.

 

No país, o total de recuperações judiciais requeridas subiu 9,9% no 1º semestre de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017, segundo a Serasa. Foram 753 pedidos contra os 685 em 2017. “A fraca geração de caixa das empresas, dado o baixo dinamismo da economia, pouco aliviou a difícil situação financeira, especialmente
das micro e pequenas empresas, provocando o aumento dos pedidos de recuperação judicial no 1º semestre”, avaliam os economistas da Serasa Experian.

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