13 de Dezembro de 2017 - 15h:56

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Oi apresenta novo plano de recuperação judicial que permite ser adquirida por detentores de bônus

Detentores de títulos terão permissão para negociar sua dívida por até 75% do capital da operadora.

Por: G1

A empresa de telecomunicações Oi SA protocolou na terça-feira (12) uma nova versão do plano de recuperação judicial à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, com termos mais favoráveis para os detentores de bônus e credores governamentais em uma tentativa de conseguir a aprovação em uma reunião de credores marcada para 19 de dezembro.

 

A Oi disse em fato relevante, divulgado na noite de terça-feira, que os detentores de títulos terão permissão para negociar sua dívida por até 75% do capital da operadora, permitindo que a Oi seja efetivamente adquirida pelos credores.

 

A versão anterior do documento, preparada antes do empresário Nelson Tanure e o acionista português Pharol serem barrados pelo juiz da recuperação da empresa de participarem de sua elaboração, limitava a troca de dívida a 25% do capital da companhia e foi fortemente criticado pelos detentores de títulos.

 

A empresa também mudou os termos de reestruturação para os créditos da agência reguladora Anatel. As multas serão pagas em 20 anos, com ajuste taxa básica de juros, a Selic.

 

A Oi disse que um grupo de titulares de bônus confirmou estar disposto "a prontamente fornecer ou obter compromissos firmes de garantia da subscrição integral do aumento de capital de R$ 4 bilhões de reais previsto no plano".

 

Os novos termos tornam mais provável a aprovação do plano na primeira convocação da assembleia de credores da empresa, marcada para a próxima terça-feira (19).

 

“Chegamos a um patamar de conversão de dívida em ações considerando um equilíbrio entre o valor econômico para os acionistas e a recuperação de crédito para o credores. Entendemos que é a equação possível e que viabiliza um plano de negócios sustentável para a companhia e a aprovação do Plano em assembleia de credores”, avaliou o presidente da Oi, Eurico Teles, que assumiu o cargo no final de novembro, após renúncia de Marco Schroeder, em meio ao impasse e pressão por parte de acionistas.

 

Assembleia

 

No dia 30 de novembro, a Justiça do Rio de Janeiro voltou a adiar a assembleia de credores da operadora e manteve decisão de impedir alguns diretores da companhia de interferirem no processo. A primeira convocação da reunião, que pode decidir o futuro da operadora responsável pelo maior pedido de recuperação judicial da história do país, foi adiada de 7 para 19 de dezembro.

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