31 de Outubro de 2019 - 13h:42

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Índice de incerteza da economia cai 5,8 pontos em outubro, mas segue alto

Queda foi motivada pela redução das tensões comerciais internacionais e pela aprovação da Reforma da Previdência no Senado

Por: Valor Online

Mesmo com queda motivada por abrandamento da guerra comercial e aprovação da reforma da Previdência, indicador da FGV continua acima dos 110 pontos O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 5,8 pontos entre setembro e outubro, para 111,1 pontos. Em médias móveis semestrais, também houve um recuo, de 1,0 ponto, para 114,9 pontos.

 

Apesar da queda na ponta, o indicador continua elevado e registra mais um mês acima dos 110 pontos, faixa em que vem se mantendo desde agosto de 2015, à exceção do período entre dezembro de 2017 e abril de 2018.

 

Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam em sentidos opostos em outubro. O componente de Mídia, com maior peso, recuou 7,9 pontos, para 108,0 pontos, contribuindo em -6,9 pontos para a queda do Indicador de Incerteza.

 

O componente de Expectativa, por outro lado, registrou alta de 5,5 pontos, para 119,2 pontos, contribuindo em 1,1 ponto para o comportamento final do indicador.

 

“Em outubro, a queda da incerteza foi motivada principalmente pelo ligeiro abrandamento das tensões comerciais no âmbito internacional e pela aprovação da Reforma da Previdência no Senado. Estes fatores foram contrabalançados parcialmente por fatores como a piora do ambiente político e econômico na vizinha Argentina, impedindo uma queda mais expressiva do indicador. Há também uma crescente preocupação com a sequência de reformas a serem implementadas pelo governo, com destaque para a tributária”, diz Aloisio Campelo Junior, superintendente de Estatísticas Públicas da FGV, em comentário no relatório.

 

O IIE-Br é formado por dois componentes: com peso de 80%, o IIE-Br Mídia, baseado na frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online, e construído a partir das padronizações individuais de cada jornal; e o IIE-Br Expectativa, com os 20% restantes e construído a partir da média dos coeficientes de variação das previsões dos analistas econômicos reportadas na pesquisa Focus, do Banco Central, para a taxa de câmbio e a taxa Selic 12 meses à frente e para o IPCA acumulado para os próximos 12 meses.

 

A coleta do indicador é realizada do dia 26 do mês anterior ao dia 25 do mês de referência.

 

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