29 de Agosto de 2019 - 16h:46

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Forever 21 prepara pedido de falência nos EUA

Por: Exame/ Karin Salomão

Com dificuldades para pagar fornecedores e levantar caixa, a rede fast fashion Forever 21 está preparando documentos para entrar com um pedido de falência nos Estados Unidos.

 

A companhia de moda já buscava novas fontes para levantar capital e estava trabalhando com uma equipe de conselheiros para ajudá-la a revitalizar a empresa. No entanto, as negociações para encontrar novos investidores fracassaram, disse uma fonte anônima à Bloomberg.

 

Em crise em todo o mundo, a rede de lojas de roupa lutava para evitar a falência há alguns meses, depois que ficou sem caixa para comprar novos produtos e abastecer as prateleiras de suas lojas. Desde 2016, atrasa pagamentos a seus fornecedores.

 

Para continuar operando, a companhia precisaria de 150 milhões de dólares. Ela já opera no vermelho há algum tempo e suas opções de financiamento cada vez mais escassas. Para tornar a situação mais difícil, o fundador, o sul coreano Do Won Chang, busca manter o controle sobre a companhia, sem diminuir a sua participação na companhia, o que limita ainda mais as formas de levantar caixa.

 

Concorrência

 

Por apenas alguns dólares a mais, concorrentes como Zara e H&M oferecem roupas de qualidade melhor. Além disso, consumidores passaram a se preocupar mais com a sustentabilidade das peças, já que a indústria têxtil é uma das mais poluentes do mundo. Do outro lado, rivais chinesas, como Aliexpress e Wish, oferecem produtos até mais baratos.

 

Fundada em 1984, a empresa tem mais de 800 lojas nos Estados Unidos, Europa, Ásia e América Latina. Seu modelo é baseado em roupas baratas, de qualidade inferior, e com diversas coleções novas por ano, para estimular o consumo principalmente do público mais jovem.

 

As operações internacionais também estão em dificuldade, segundo a Bloomberg, mas devem ser reestruturadas separadamente. No Brasil, a marca chegou em 2014 e cada inauguração era recebida com filas nas portas. A situação, hoje, é bem diferente.

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