18 de Junho de 2020 - 11h:35

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Dólar sobe pelo 7º dia seguido e volta a ser negociado acima de R$ 5,35

Na quarta-feira, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,46%, vendida a R$ 5,2607

Por: G1

O dólar opera novamente em alta nesta quinta-feira (18), voltando a superar o patamar de R$ 5,30, após decisão do Copom de reduzir taxa básica de juros de 3% para 2,25%, como o esperado pelos mercados, e de olho no noticiário político local após a prisão Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro.

 

Às 12h, a moeda norte-americana subia 1,62%, vendida a R$ 5,3460. Na máxima até o momento, bateu R$ 5,3765.

 

Já o Ibovespa opera em alta de mais de 1%.

 

Na véspera, o dólar fechou em alta 0,46%, a R$ 5,2607, engatando a sexta alta consecutiva. No mês, o dólar ainda acumula queda, de 1,42%. No ano, a alta é de 31,20%.

 

Cenário local

 

No noticiário local, o destaque desta quinta-feira é a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. O policial aposentado foi detido em um imóvel do advogado do parlamentar e da família Bolsonaro, em Atibaia (SP), em um desdobramento da investigação sobre 'rachadinhas' na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

 

Segundo analistas, a prisão representa mais um ponto de tensão na política brasileira e pode amargar o sentimento nesta quinta-feira.

 

Na agenda de indicadores, o Banco Central mostrou que o nível de atividade da economia brasileira registrou retração de 9,73% em abril, na comparação com o mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto). Trata-se da maior queda desde 2003.

 

Na véspera, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa básica de juros da economia brasileira de 3% para 2,25% ao ano. Esta foi a oitava redução consecutiva. A decisão foi unânime. O corte renovou o menor patamar histórico para a taxa Selic desde 1999, quando entrou em vigor o regime de metas para a inflação.

 

O corte de 0,75 ponto percentual na Selic veio dentro do esperado pelo mercado financeiro e a avaliação de economistas ouvidos pelo G1 é de que o BC deixou a porta aberta para um novo corte nos juros à frente, ainda que tenha considerado a última redução "compatível" com os impactos econômicos da pandemia de Covid-19.

 

A redução da Selic a mínimas sucessivas tem sido fator de impulso para o dólar, uma vez que torna rendimentos locais atrelados aos juros básicos menos atraentes para o investidor estrangeiro, afetando o fluxo de recursos para o Brasil e, consequentemente, o mercado de câmbio.

 

Cena externa

 

No exterior, a cautela permanece, com um pico nos casos de coronavírus na China e em alguns Estados norte-americanos desencadeando receios de uma segunda onda de contágio, fazendo recuar as esperanças de uma rápida recuperação da recessão econômica.

 

Nos EUA, o número de norte-americanos que solicitaram auxílio-desemprego caiu pela 11ª semana seguida, somando 1,508 milhão. Apesar da recuperação do mercado de trabalho na maior economia do mundo, o número ainda segue várias vezes superior ao da média de pedidos pré-pandemia.

 

Já os preços do petróleo operam em alta. Por volta das 8h35, o barril de Brent subia 1,15%, a US$ 41,18. Já o petróleo dos Estados Unidos avançava 0,82%, a US$ 38,27 por barril.

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