24 de Novembro de 2021 - 13h:36

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Dólar opera em queda com PEC dos Precatórios e dados dos EUA no radar

Na terça-feira (23), a moeda norte-americana fechou em alta de 0,27%, a R$ 5,6083.

Por: G1

O dólar opera em queda nesta quarta-feira (24), com investidores atentos ao noticiário em torno da PEC dos Precatórios e monitorando a divulgação de uma bateria de dados nos Estados Unidos.

 

Às 13h39, a moeda norte-americana recuava 0,29%, a R$ 5,5923. Veja mais cotações.

 

Na terça-feira, o dólar fechou em alta de 0,27%, a R$ 5,6083. Com o resultado, passou a acumular recuo de 0,70% no mês. No ano, ainda tem valorização de 8,12% contra o real.

 

Cenário

 

No mercado internacional, os preços do petróleo tinham leve recuo, após forte avanço na véspera, mesmo após os Estados Unidos e outros países, entre eles a China, anunciarem que farão uso de suas reservas estratégicas de petróleo para tentar provocar uma queda nos preços da commodity.

 

Na agenda doméstica, a FGV divulgou que o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu em novembro para o menor valor desde abril.

 

Na cena política, as atenções seguiram voltadas para a tramitação da PEC dos Precatórios no Senado e no xadrez político que se desenha conforme o noticiário eleitoral esquenta, com mais informações sobre pré-candidatos para a Presidência da República em 2022.

 

A PEC é a principal aposta do governo para viabilizar o programa. A proposta adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) e altera o cálculo do teto de gastos (regra pela qual, de um ano para outro, as despesas do governo não podem crescer mais que a variação da inflação). O governo afirma que, se aprovada, a PEC abrirá espaço de R$ 91,6 bilhões no orçamento de 2022.

 

Projeções para inflação, juros e dólar

 

O mercado financeiro elevou novamente a estimativa para inflação oficial, e passou a prever um valor acima de 10% neste ano, segundo pesquisa Focus do Banco Central. Já a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano passou de 4,88% para 4,80%. Para 2022, a estimativa de alta foi reduzida de 0,93% para 0,70%.

 

Para a taxa básica de juros, foi mantida em 9,25% ao ano a previsão para o fim de 2021. Para o fim de 2022, a expectativa para a Selic foi elevada de 11% para 11,25% ao ano.

 

Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5,50 por dólar.

 

Juros mais altos teoricamente elevariam a atratividade para investimentos na renda fixa brasileira, fluxo esse que aumentaria a oferta de dólares e poderia baixar o preço da moeda.

 

Imagem: Freepik

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