03 de Janeiro de 2019 - 14h:53

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Bovespa passa a recuar, após atingir máxima histórica no dia anterior

Na última sessão, índice subiu 3,56%, a 91.012 pontos, com o mercado reagindo ao discurso de posse do novo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Por: G1

O principal indicador da bolsa brasileira, a B3, passou a operar em queda nesta quinta-feira (3), após superar seu recorde histórico no dia anterior, com a tendência negativa predominando nos mercados globais neste pregão. Os investidores também seguem atentos aos primeiros passos do novo governo.

 

Às 15h11, o Ibovespa recuava 0,81%, a 90.272 pontos.

 

Na quarta-feira, o Ibovespa subiu 3,56%, a 91.012 pontos, atingindo seu recorde de fechamento. O mercado reagiu com otimismo ao discurso de posse do novo ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a Previdência Social, as privatizações e a simplificação de tributos são os "pilares da nova gestão".

 

A equipe de estratégia da XP Investimentos, liderada por Karel Luketic, considerou "contundente" o discurso do ministro, "que renovou as expectativas em torno da implementação de uma agenda liberal com redução da carga tributária, privatizações e redução de cargos", destacou a Reuters. "Evidentemente que todo o foco estará na execução dos discursos de agora em diante", ressaltou a equipe da XP.

 

Mais cedo, a bolsa brasileira chegou a subir. Na máxima do dia até o momento, o Ibovespa foi a 91.596 pontos, renovando seu recorde intradia.

 

Cenário externo
A piora do mercado acionário brasileiro ganhou força com a abertura das bolsas dos Estados Unidos, destacou o Valor Online. Os índices norte-americanos eram minados pela divulgação de vendas mais fracas do que o esperado pela gigante Apple no final da quarta-feira, que também afetou bolsas na Ásia e Europa.

 

O viés negativo em bolsas no exterior também endossava alguma realização de lucro no pregão brasileiro - ou seja, investidores aproveitando a alta recente para vender ações a um preço maior do que o valor que pagaram na compra.

 

Destaques
Entre os destaques da sessão, o papel da Sabesp subia perto de 6%, ainda apoiadas por comentários do novo governo do estado de São Paulo na véspera, que citou avaliação de possibilidade de privatização da companhia estadual de água e saneamento, destaca a Reuters.

 

As ações ordinárias e preferenciais da Eletrobras subiam acima de 5%, ainda repercutindo a sinalização do ministro de Minas e Energia, de que pretende levar adiante a capitalização da elétrica de controle estatal, além manutenção do presidente-executivo da companhia, Wilson Ferreira Jr.

 

Na outra ponta, a Vale liderava as perdas do dia, com queda perto de 4%. O Valor Online destaca que as ações da mineradora são pressionadas pela cautela dos investidores em relação à China — o sentimento negativo aumentou após a Apple cortar suas estimativas citando o mau desempenho da economia do país asiático.

 

Além disso, os papéis da mineradora são afetados pelo novo dia de queda do dólar em relação ao real. Outras exportadoras, como a Suzano, também são afetadas por esse cenário.

 

Nova carteira
A terceira prévia da carteira teórica do Ibovespa que irá vigorar a partir de segunda-feira (7) registra a entrada das ações da empresa de galpões logísticos Log Commercial Properties e mantém a inclusão dos papéis da BR Distribuidora.

 

Com as mudanças na carteira, o Ibovespa, índice de referência do mercado acionário, mantém em sua composição 65 ativos de 62 companhias.

 

A última preliminar mostra os papéis preferenciais do Itaú Unibanco com a maior participação, de 10,909%, seguidos por Vale, com 10,646%, e Bradesco, com 8,633%.

Petrobras responde por 7,082% nas preferenciais e 4,904% nas ordinárias na prévia para a portfólio que passa a valer a partir de segunda-feira, quarta e quinta maiores participações, respectivamente.

 

Na carteira atual, Vale ocupa a liderança, com 12,886% de participação, seguida por Itaú Unibanco (10,443%) e Bradesco (7,181%).

 

Ibovespa em 2018
No acumulado de 2018, o principal indicador da bolsa brasileira avançou 15%. Foi o terceiro ano seguido de ganhos para o Ibovespa, que subiu 27% em 2017 e 39% em 2016.

 

A bolsa brasileira teve em 2018 um dos melhores desempenhos entre os principais índices do mundo, em meio a uma queda generalizada nos mercados globais. As bolsas dos Estados Unidos, Europa, China e outros países da América Latina fecharam o ano com perdas.

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