20 de Janeiro de 2021 - 13h:46

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Bovespa opera em queda com posse de Biden, Copom e vacinas no radar

Na terça-feira, o principal índice da bolsa caiu 0,50%, a 120.636 pontos.

Por: G1

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda nesta quarta-feira (20), com as atenções voltadas para a posse do presidente eleito dos Estados Unidos, enquanto no Brasil a decisão de juros e o desenrolar das vacinas seguiam no foco.

 

Às 13h45, o Ibovespa caía 1,10%, a 119.308 pontos.

 

O dólar também opera em queda.

 

Na terça-feira, a bolsa fechou em queda de 0,50%, a 120.636 pontos. Na parcial do mês e do ano, a bolsa ainda acumula alta de 1,36%.

 

Cenário global e local

 

No exterior, permanecia o clima mais positivo ao risco nos mercados após na véspera a indicada para comandar o Tesouro dos Estados Unidos, Janett Yellen, defender grandes gastos para estimular a economia.

 

As bolsas de valores da Europa subiam, enquanto os futuros de Wall Street estavam perto de máximas recordes. O petróleo também ganhava terreno.

 

Nos Estados Unidos, o presidente eleito Joe Biden anunciou nesta quarta-feira, horas antes da posse, uma série de medidas que serão tomadas no primeiro dia no cargo, incluindo o retorno dos EUA à OMS (Organização Mundial da Saúde) e ao Acordo de Paris para o Clima e a reversão de várias outras decisões do atual presidente americano, Donald Trump, como a construção do muro na fronteira com o México e o veto à entrada de cidadãos de países muçulmanos nos EUA.

 

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncia a partir das 18h30 a decisão sobre o nível da taxa básica de juros. A expectativa dos analistas é que a taxa deve permanecer na mínima histórica de 2% ao ano, com muitos no mercado contando que o BC retirará do comunicado a promessa de manter os juros caso certos critérios sejam respeitados. O entendimento seria o primeiro passo para se vislumbrar uma volta da alta da Selic.

 

As atenções seguem voltadas para os percalços para o avanço da vacinação contra o coronavírus no Brasil. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou nesta terça-feira (19) que a entrega da vacina de Oxford contra a Covid-19 vai atrasar de fevereiro para março por ainda não ter recebido da China um dos insumos para a fabricação do imunizante.

 

A percepção de que a imunização contra a Covid-19 no Brasil será lenta tem elevado receios quanto à força da recuperação da economia e alimentado temor de criação de novas despesas para fazer frente à pandemia.

 

O mercado tem monitorado com atenção a campanha por eleição na Câmara e no Senado para calcular riscos de nova pressão por mais gastos, que também podem vir de dentro do próprio governo.

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