22 de Maio de 2020 - 11h:50

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Bovespa opera em queda, com foco no exterior e na política local

Na véspera, o Ibovespa subiu 2,1%, a 83.027 pontos.

Por: G1

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda nesta sexta-feira (22), em meio a um ambiente ainda volátil nos mercados por causa da pandemia de coronavírus, enquanto agentes financeiros monitoram o ambiente político brasileiro.

 

Às 12h41, o Ibovespa caía 1,18%, a 82.045 pontos.

 

Na véspera, o Ibovespa subiu 2,1%, a 83.027 pontos.

 

B3 funciona normalmente durante o feriado antecipado em SP
A B3 decidiu manter todas as suas atividades de negociação, registro, custódia, compensação e liquidação de operações, em horários regulares, nesta sexta e na próxima segunda-feira (25). "Não haverá, no mercado de bolsa, negociação e liquidação no dia 11/06/2020, ficando mantido o calendário original anual, mesmo tendo havido antecipação de feriado em São Paulo", informou.

 

Agências bancárias também vão funcionar ao longo do feriadão antecipado paulistano.

 

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, publicou decreto que adiantou os feriados de Corpus Christi e Consciência Negra para esta quarta e quinta. Na sexta-feira, será declarado ponto facultativo na cidade. A medida tenta criar um “feriadão” de até seis dias para ajudar no isolamento da cidade e, assim, ajudar a conter o alastramento da Covid-19. Em âmbito estadual, o governador João Doria conseguiu aprovar a antecipação do 9 de julho para a próxima segunda-feira, 25.

 

Cenário externo

 

As ações chinesas caíram nesta sexta-feira (22), encerrando sua pior semana desde março devido a preocupações com o crescimento econômico e tensões renovadas entre a China e os Estados Unidos após uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong, prejudicando o sentimento dos investidores.

 

As ações europeias também caíam nesta sexta-feira em meio à deterioração dos laços entre Estados Unidos e China, que aprofundavam temores sobre uma recuperação mais lenta dos danos econômicos causados pela pandemia de Covid-19.

 

Na quinta-feira, Pequim planejou impor uma nova lei de segurança em Hong Kong, levantando perspectivas de novos protestos no centro financeiro global e provocando um alerta do presidente dos EUA, Donald Trump, de que Washington reagirá "com muita força".

 

O aumento das tensões entre as duas maiores economias do mundo impediram uma recuperação dos mercados acionários nas últimas semanas depois que Trump acusou a China de lidar mal com o surto de coronavírus.

 

A China se absteve de estabelecer uma meta de crescimento do PIB para 2020 e se comprometeu a aumentar os gastos e o financiamento para apoiar sua economia, na primeira vez que o país asiático não estabelece uma meta de Produto Interno Bruto (PIB) desde 1990, quando o governo começou a publicar tais alvos.

 

Cenário local

 

Após trégua na cena política na véspera, com o desfecho de reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e governadores agradando o mercado, a semana termina com expectativa para a divulgação do vídeo da reunião ministerial na qual, segundo o ex-ministro Sergio Moro, o presidente Jair Bolsonaro cobra troca na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro sob a ameaça de demiti-lo.

 

A expectativa é que o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decida nesta sexta-feira se divulga, na íntegra ou parcialmente, a gravação da reunião.

 

O vídeo é considerado como uma das principais provas para sustentar a acusação feita por Moro de que o presidente tentou interferir no comando da PF, fato investigado em inquérito relatado pelo ministro do STF.

 

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