13 de Setembro de 2019 - 17h:13

Tamanho do texto A - A+

Bovespa fecha em queda, com cautela antes de decisões de juros no Brasil e nos EUA

Na véspera, Ibovespa fechou em alta de 0,89%, a 104.370 pontos.

Por: G1

O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou em queda nesta sexta-feira (13), com investidores cautelosos antes de reuniões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos na próxima semana e atentos aos desdobramentos da guerra comercial.

 

O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,83%, a 103.501 pontos. O índice tem dificuldade em avançar conforme se aproxima de sua máxima histórica, registrada em julho, destaca a Reuters.

 

Perto do fechamento, Marfrig liderava as altas dentro do Ibovespa, com avanço mais de 5%, após a empresa anunciar que vai adicionar novo turno de trabalho em fábrica em São Paulo por conta do "aquecimento das exportações para o mercado chinês".

 

Vale e Itaú, que têm grande peso no índice, subiam perto de 0,5% e 1%, respectivamente.

 

Petrobras caía levemente, em linha com a queda nos preços do petróleo no exterior. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou a oferta pública de debêntures (títulos de dívida) da petrolífera, dizendo que a empresa tomou providências para sanar irregularidades que motivaram a punição.

 

Na véspera, a bolsa fechou em alta de 0,89%, a 104.370 pontos, acumulando avanço de 1,39% na parcial da semana.

 

Guerra comercial e cortes de juros

 

Nesta quinta, a agência oficial de notícias da China, a Xinhua, noticiou que o governo chinês excluirá alguns produtos agrícolas dos EUA, incluindo soja e carne suína, de tarifas adicionais, no mais recente sinal de atenuação das tensões comerciais entre os países antes de uma nova rodada de negociações.

 

Os bancos centrais globais estão lutando contra os impactos da guerra comercial entre EUA e China sobre as principais economias. Nesta quinta-feira, o BCE cortou sua taxa de depósito em 10 pontos-base, para uma mínima recorde de -0,5%; prometeu que as taxas permaneceriam baixas por mais tempo e disse que reiniciaria as compras de títulos a um ritmo de 20 bilhões de euros por mês a partir de 1º de novembro.

 

As atenções agora se voltam para a reunião de política monetária do Federal Reserve em 17 e 18 de setembro, com operadores apostando em um corte de 0,25 ponto percentual na próxima reunião.

 

Analistas da corretora Rico Investimentos apontaram que apesar das boas notícias no cenário internacional é hora do investidor ser mais cauteloso, já que o Ibovespa avançou em 6 dos últimos 7 pregões.

 

No mercado interno, "prévia do PIB" calculada pelo Banco Central mostrou nesta sexta que a atividade econômica do Brasil recuou em julho em relação a junho, no pior resultado para o mês em três anos, depois de dois meses seguidos de alta. É mais uma evidência da dificuldade de recuperação econômica neste ano.

 

Os investidores acompanham ainda a pauta a reforma tributária e também passam a monitorar a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que divulga sua decisão no mesmo dia que o Fed.

 

Pesquisa da Reuters mostrou que o Copom deve cortar a taxa básica de juros em 50 pontos base na reunião de quarta-feira da próxima semana, para 5,5%. Todos exceto um dos 30 economistas consultados esperam um segundo corte, parte um ciclo de flexibilização iniciado em julho.

VOLTAR IMPRIMIR