17 de Outubro de 2019 - 17h:39

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Bovespa fecha em queda após 6 altas seguidas, com realização de lucros em meio a ruídos políticos

Investidores preferiram realizar lucros no pregão, mas índice permaneceu acima dos 105 mil pontos.

Por: G1

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda nesta quinta-feira (17), após seis altas consecutivas. Ruídos no cenário político doméstico fizeram com que investidores preferissem realizar lucro, segundo a Reuters.

 

O Ibovespa encerrou o pregão em queda de 0,39%, a 105.015 pontos.

 

A dificuldade para fechar na 7ª alta seguida ocorreu após o índice acumular avanço de 5,4% nos últimos seis pregões, o que o levou para perto de sua máxima histórica de fechamento, abrindo espaço para ajustes de posições por investidores para embolsar ganhos.

 

No pregão anterior, a bolsa fechou em alta de 0,89%, a 105.422 pontos – maior patamar de fechamento desde 10 de julho. O recorde foi registrado em 10 de julho, a 105.817 pontos.

 

Entre as principais baixas do índice nesta seção, os papéis ordinários do Bradesco caíram 1,39%, enquanto os preferenciais recuaram, 1,69%.

 

As ações preferenciais da Petrobras cederam 0,97% e as ordinárias, 0,95%, apesar alta das cotações do petróleo no mercado internacional.

 

Os papéis da Vale tiveram desvalorização de 0,19%, com os contratos futuros de referência do minério de ferro na China tocando mínimas em sete semanas em meio a temores de que a demanda pela commodity sofra mais impactos da guerra comercial entre EUA e China.

 

Fora do Ibovespa, os papéis da Tegma despencaram 11,5%. A empresa de transporte de veículos foi alvo de operação da Polícia Federal que apura a formação de cartel envolvendo companhias de transporte rodoviário de veículos novos (cegonheiros).

 

Turbulência política

 

A crise no PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, se intensificou com a decisão do governo de afastar a deputada federal Joice Hasselmann da liderança do governo no Congresso Nacional, após o envolvimento da parlamentar na polêmica disputa sobre a liderança do PSL na Câmara, destaca a Reuters.

 

No plano econômico, o Brasil teve criação líquida de 157.213 vagas formais de emprego em setembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), melhor número para o mês desde 2013, quando foram criadas 211.068 vagas.

 

Às vésperas do início da safra de balanços de companhias brasileiras, a XP Investimentos disse que aguarda uma temporada relativamente fraca, citando um cenário ainda desafiador para a atividade econômica.

 

Cenário externo

 

No exterior, ecoaram notícias sobre o acordo do Brexit, com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, dizendo que está confiante de que os parlamentares britânicos apoiarão o acordo em uma votação no sábado.

 

Em outra frente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) disse ver sinais de desaceleração das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, o que pode reduzir danos já causados à economia global pela troca de tarifas entre os dois países.

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