30 de Outubro de 2017 - 10h:03

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BNDES classifica plano de recuperação judicial da Oi como 'insuficiente'

Por: Convergência Digital

O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, criticou o plano de recuperação judicial apresentado pela Oi, ao classifica-lo como incompleto e insuficiente. “Eu não consigo nem avaliar o que foi apresentado. Só no Brasil o que foi apresentado (pela Oi) pode-se chamar de plano. Eu acho que, por enquanto, não temos um plano”, disse Rabello de Castro.

O banco do governo é credor de 3,3 bilhões de reais da operadora de telefonia móvel e é o único com garantia real. A empresa ingressou com pedido de recuperação judicial em junho do ano passado, sob peso de dívidas de cerca de 65 bilhões de reais, e até agora não conseguiu acordo com credores para aprovação de um plano de reestruturação. A última versão do plano de recuperação da empresa foi apresentada em 11 de outubro.

Rabello de Castro afirmou também que o BNDES está disposto a tomar atitudes “dentro da racionalidade econômica” para colaborar com a recuperação da Oi, mas não deu detalhes. “Qualquer coisa nessa linha intervencionista só nos prejudica, seja como acionista, ou como credores”, disse Rabello de Castro ao ser questionado sobre a possibilidade de decisão de intervenção na companhia pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que está avaliando se abre um processo para isso.

Ainda nesta segunda-feira, 23/10, a Oi informou que a Assembleia de credores foi mais uma vez adiada, agora, para o dia 10 de novembro. Até então tinha passado do dia 23 de outubro para o dia 06 de novembro. A segunda convocação ficou mantida para o dia 27 de novembro, conforme definição do juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro.

Também por meio de fato relevante, a Oi informou que que não chegou a um acordo com pessoas físicas titulares de “notes” para uma possível reestruturação e injeção de capital por meio de aumento de capital de mais de 3,5 bilhões de reais, em mais uma revés para a empresa em recuperação judicial. As reuniões com os detentores de notes, que não são membros do Comitê do International Boldholder Committee ou do Comitê do Grupo de Credores Ad Hoc, ocorreram no dia 19 de outubro, de acordo com fato relevante divulgado pela empresa no fim da noite de segunda-feira.

“Embora as negociações entre a companhia e cada titular de Notes possam continuar no futuro, não há como garantir que negociações continuarão ou, caso continuem, que as mesmas resultarão em um acordo com relação aos termos da potencial operação”, reportou a Oi no fato relevante, divulgado na CVM.
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