15 de Janeiro de 2018 - 14h:09

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Agora, podemos voltar a nos dedicar ao dia a dia, diz presidente da Oi

Eurico Teles diz que sua meta é fazer a companhia voltar a ocupar um lugar de destaque no mercado nacional

Por: Época

Alçado à presidência da Oi no fim de dezembro, após a renúncia do executivo Marco Schroeder, o advogado Eurico Teles, nascido em Piripiri (PI), disse que nunca imaginou que assumiria o leme da companhia. "Comecei como estagiário em 1979 e fui efetivado dois anos depois. Não achei que iria tão longe." Teles afirmou que sua meta é que a companhia volte a ocupar um lugar de destaque no mercado nacional.

 

Somos uma companhia presente no país inteiro, que atende de forma exclusiva milhares de municípios, que gera mais de 130 mil empregos diretos e indiretos. Agora que a questão da dívida está sendo equacionada, poderemos voltar a nos dedicar exclusivamente ao nosso dia a dia, às operações. Com o dinheiro novo que vai entrar via aumento de capital (R$ 4 bilhões), vamos aumentar nosso patamar de investimentos de uma média anual de R$ 5 bilhões para R$ 7 bilhões. Os três principais pilares serão aumento da cobertura 4G, expansão da rede de fibra ótica e projetos de digitalização.

 

O grupo passou por revezes nos últimos meses. Há risco de os acionistas barrarem o plano de reestruturação na Justiça?

Acreditamos que, da forma como o plano foi aprovado, por quase unanimidade dos credores, diminui bastante as chances de prosperar qualquer tipo de contestação judicial do plano. O próprio despacho do juiz ao homologar o plano é muito claro neste sentido. Entendemos que é legítima a manifestação daqueles que não ficaram satisfeitos, mas agora é preciso olhar para frente e seguir com as etapas previstas no plano.

 

Há expectativa de atrair novo investidor ainda este ano?

 

Ao longo do processo de recuperação judicial, esse tema caminhou em paralelo às negociações. Recebemos interessados e abrimos informações sobre nosso negócio. Agora, com o plano aprovado e homologado, continuaremos trabalhando esse tema em paralelo, auxiliando eventuais interessados em fazer "due dilligence" (auditoria) na companhia. É natural que, com a dívida equacionada, a Oi desperte interesse em grandes investidores que queiram se tornar sócios estratégicos.

 

Há previsão de mudança no corpo executivo do grupo? Se sim, como será esse processo?

 

Não estamos prevendo mudanças a curto prazo, inclusive a própria governança alinhada com os credores prevê isso. As pessoas que estão hoje no corpo executivo estiveram ligadas ao processo de reestruturação da companhia e ainda têm um papel importante dentro da implantação e desdobramentos da reestruturação nos próximos meses. Eventualmente, podem ocorrer mudanças pontuais.

 

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