25 de Maio de 2022 - 17h:06

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Latam espera sair da recuperação judicial nos EUA até segunda metade do ano, diz presidente no Brasil

Segundo ele, a discussão, agora, é com que estrutura de dívida e “equity” sai desse processo de recuperação.

Por: Valor Econômico

A Latam deverá sair do Chapter 11 (o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos) entre o terceiro e o quarto trimestre, diz Jerome Cadier, presidente da companhia no Brasil. Cadier foi o entrevistado nessa quarta-feira (25) na Live do Valor.

 

Segundo ele, a discussão, agora, é com que estrutura de dívida e “equity” sai desse processo de recuperação. Na última semana, a empresa conseguiu um acordo com credores e acionistas antigos para definir o plano de saída e apoiado com disponibilidade de fundos para isso.

 

“O grupo sendo baseado no Chile, toda emissão de dívida e equity tem que acontecer lá. Então ainda tem alguns passos importantes para acontecer”, disse.

 

Na votação, a empresa teve o plano aprovado, mas quem votou contra ainda pode buscar alternativas de litigação. “O que estamos tentando evitar é isso. Não queremos chegar no Chile e ter uma discussão com a Justiça ou a CVM chilena sobre um plano que foi aprovado nos Estados Unidos. Então, era importante, além do percentual requerido para votação, a gente incluir os credores não securitizados para garantir não haver litígio posterior”, disse Cadier.

 

Remuneração dos tripulantes “nunca será uma página virada”

Destacando que a opção pelo processo de recuperação judicial permitiu a empresa a rever seu perfil de dívida e reduzir seus custos em até 30% e 35%, o executivo lamentou, porém, que não tenha havido negociação dos custos de folha de pagamento. “Infelizmente, não teve negociação com o sindicato. Foi prejudicial para a empresa e para os funcionários, que perderam seus empregos”, disse Cadier, apontando que o tema de remuneração dos tripulantes “nunca será uma página virada”.

 

Ele afirma que a empresa é a que mais paga para seus tripulantes, até 30% mais do que concorrentes, como a Azul. “Está muito claro que precisamos ter competitividade em todos os itens de custos. É uma pena, porque teríamos mais competitividade e capacidade para crescer se tivéssemos tido êxito na negociação”, acrescentou, lembrando que 2.700 tripulantes foram demitidos.

 

 

 

Crédito imagem: Freepik

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