21 de Março de 2018 - 13h:19

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Economia continua apresentando crescimento, diz monitor do PIB da FGV

Destaques ficaram por conta dos crescimentos das atividades de agropecuária, indústria da transformação, comércio e transporte.

Por: G1

 

A economia brasileira voltou a apresentar crescimento em todas as bases de comparação de janeiro em relação a 2017, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (21).

 

Na comparação com janeiro de 2017, o crescimento foi de 2,8%. Na comparação trimestral com ajuste sazonal (trimestre terminado em janeiro ante o terminado em outubro de 2017), a alta foi de 0,9%. No acumulado de 12 meses, cresceu 1,2%. Na comparação com o trimestre terminado em janeiro do ano passado, o crescimento foi de 2,2%.

 

Já na comparação mensal, realizada na série com ajuste sazonal, o PIB retraiu 0,3% em janeiro em comparação com dezembro de 2017.

 

Segundo Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, na comparação trimestral (em relação a outubro de 2017), todos os componentes do PIB pelo lado da oferta apresentam crescimento, com exceção da indústria extrativa e dos serviços de informação e de intermediação financeira.

 

Pela ótica da demanda, todos os componentes são positivos, com exceção das exportações. Para ele, a retração na comparação com dezembro “não chega a soar como um sinal de alarme”.

 

Em termos monetários, o PIB em valores correntes alcançou a cifra de aproximadamente R$ 546,9 bilhões em janeiro.

 

Veja o desempenho do PIB por setores:

 

No trimestre terminado em janeiro na comparação com mesmo período de 2017, os destaques ficaram por conta dos crescimentos das atividades de agropecuária (8,2%), indústria da transformação (6,1%), comércio (4,6%) e transporte (2,9%). No caso da agropecuária, o bom desempenho se deveu à pecuária (+26%), já que a agricultura teve queda (-1,9%). Além dessas atividades, os impostos contribuíram positivamente para o crescimento do PIB do período, com taxa de variação de 3,3%.

 

Consumo das famílias

 

O consumo das famílias apresentou crescimento de 2,7% no trimestre terminado em janeiro na comparação com mesmo período de 2017. Todos os componentes do indicador apresentaram taxas positivas, com destaque para as contribuições de produtos não duráveis e produtos duráveis.

 

Investimentos

 

A formação bruta de capital fixo, que mede o quanto as empresas aumentaram os seus bens de capital, ou seja, aqueles bens que servem para produzir outros bens, continua em trajetória ascendente, com crescimento de 4,4% no trimestre. O desempenho se deve, principalmente, a máquinas e equipamentos, que cresceram 15,5% no período ante 2017. Já a construção apresenta retração (-1,6%) enquanto que o grupo de outros cresceu 1,9%.

 

Exportação

 

A exportação apresentou crescimento de 1,9%. O grupamento de produtos agropecuários foi o responsável pela variação positiva do indicador, com crescimento de 71,3%. Em contrapartida, a maior retração se deve ao grupo de extrativa mineral, que apresentou recuo de 16,6%.

 

Importação

 

A importação cresceu 7,6%, com desempenho positivo em quase todos os componentes e destaque para a importação dos bens de consumo semiduráveis (35,4%) e dos bens de capital (23,9%). Os componentes que apresentaram variação negativa foram as importações dos produtos agropecuários (-38,4%) e dos bens de consumos duráveis (-4,0%).

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