01 de Março de 2019 - 13h:54

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Bovespa opera em queda após fechar fevereiro no vermelho

Na véspera, Ibovespa fechou em queda de 1,77%, acumulando perda de 1,86% no mês de fevereiro.

Por: G1

O principal indicador da bolsa paulista, a B3, opera em queda nesta sexta-feira (1), primeiro pregão do mês, com o declínio de Vale minando o efeito positivo de praças acionárias no exterior, em sessão véspera fim de semana prolongado no Brasil.

Às 13h43, o Ibovespa caía 0,47%, aos 95.137 pontos. Veja mais cotações.

 

Destaques

 

Vale caía abaixo de 2%, tendo no radar reportagem da agência Bloomberg de que o governo brasileiro abriu um processo administrativo para investigar a mineradora e que caso ela seja culpada poderia sofrer multa de até 20% do faturamento bruto de 2018. "Embora seja difícil de avaliar neste momento a probabilidade de a Vale realmente perder esse caso, reconhecemos que é provável que continuem ocorrendo 'overhangs' como esse, reduzindo o interesse dos investidores nas ações", afirmou o Itaú BBA, em nota a clientes.

 

Petrobras caía, em sessão de queda do petróleo, com agentes financeiros também repercutindo ainda resultado e sinalizações da petrolífera, bem como novidades relacionadas ao leilão de excedentes da cessão onerosa.

 

CSN era destaque de alta da sessão, de mais de 6%.

 

MRV tinha alta de mais de 1%, entre os destaques positivos, após a maior construtora de imóveis econômicos da América Latina divulgar balanço e afirmar que planeja ampliar os lançamentos em 2019, além de manter um crescimento de dois dígitos nas receitas. A equipe do Credit Suisse ressaltou que sua visão mais positiva para a MRV está lastreada em uma combinação atrativa de maior reconhecimento de receita e uma diluição de custos fixos, e que o resultado do quarto trimestre já começou a dar sinais positivos nessa linha, o que deve continuar nos próximos trimestres.

 

JBS mostrava acréscimo de mais de 3%, em sessão positiva para o setor de carnes.

 

Cenário externo e local

 

No exterior, o ânimo era apoiado por números melhores sobre a economia chinesa, assim como dados benignos sobre preços nos Estados Unidos. Em Wall Street, o S&P 500 tinha alta, em movimento alinhado a pregões na Europa e Ásia.

 

Estrategistas entraram em março com carteiras recomendadas refletindo cautela, enquanto aguardam novidades sobre a tramitação da reforma da Previdência no Congresso Nacional, mas sem tirar do radar o cenário externo.

 

De acordo com a Reuters, a equipe do BTG Pactual ajustou seu portfólio antecipando um período de mais volatilidade com as discussões da proposta na Câmara dos Deputados, mas afirmou que continua confiante de que o Ibovespa manterá uma tendência de alta no médio/longo prazo.

 

Na véspera, o índice fechou em queda de 1,77%, acumulando um recuo de 1,86% no mês. No ano, porém, ainda tem valorização de 8,76%.

 

O tombo da véspera ocorreu em meio a uma bateria de balanços corporativos e preocupações sobre um possível afrouxamento da proposta de reforma da Previdência. O mercado repercutiu uma reunião de Jair Bolsonaro com um grupo de jornalistas, no qual o presidente admitiu rever Benefício de Prestação Continuada (BPC) e reduzir idade mínima para mulher se aposentar. A afirmação de que admite mudanças na proposta de reforma da Previdência dividiu opiniões de líderes partidários da Câmara.

 

Foto: Divulgação/B3

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