12 de Dezembro de 2019 - 13h:28

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Bovespa opera em alta e bate pela 1ª vez a marca dos 112 mil pontos

Na véspera, Ibovespa terminou o dia em alta de 0,26%, aos 110.964 pontos.

Por: G1

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (12), superando pela 1ª vez a marca dos 112 mil pontos, após o Banco Central confirmar as expectativas do mercado e decidir por mais um corte na taxa básica de juros no Brasil e a agência de classificação de risco Standard & Poor's elevar a perspectiva da nota de crédito do país.

 

Às 13h37, o Ibovespa subia 0,95%, aos 112.012 pontos. Na máxima até o momento chegou a 112.100 pontos, nova máxima intradia, superando recorde anterior registrado no dia 9 de dezembro (111.453 pontos).

 

Entre os destaques do dia, MRV subia quase 5% e Via Varejo avançava mais de 4%. As ações da Vale e da Petrobras tinham alta de mais de 1%.

 

Na véspera, a Bolsa terminou o dia em alta de 0,26%, aos 110.964 pontos. Na parcial do mês, o índice acumula valorização e 2,52%. No ano, o avanço é de 26,26%.

 

Juros em mínima histórica

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na véspera reduzir a taxa básica de juros de 5% para 4,5% ao ano. Com a decisão, a Selic atingiu o menor percentual desde a adoção do regime de metas para a inflação, em 1999.

 

A redução dos juros para mínimas históricas gera impactos como uma maior incentivo ao consumo, mas por outros lado resulta em uma menor rentabilidade em aplicações financeiras como caderneta de poupança e fundos de renda fixa, o que tende a aumentar a procura por investimentos de maior risco como o mercado de ações.

 

A quantidade de investidores na B3 chegou a 1,5 milhão de pessoas em outubro, o que representa uma alta de 95% em um ano.

 

Nota do Brasil

 

Também após o fechamento dos negócios na véspera, a agência de classificação de risco Standard & Poor's elevou, de estável para positiva, a perspectiva para o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, hoje em BB- (nota três graus abaixo da categoria "grau de investimento").

 

Para a equipe do BTG Pactual, é prematura qualquer avaliação em termos de tendência de curtíssimo prazo para o Ibovespa, com chance de realização de lucros caso as tarifas dos EUA sobre produtos chineses não sejam adiadas, conforme nota a clientes.

 

"Porém, isso em nada muda as nossas expectativas, onde continuamos bem otimistas com o Brasil e com os nossos ativos de um modo geral. Ao nosso ver, o grande destaque do primeiro trimestre será mesmo a bolsa de valores", afirmou.

 

Cena externa

 

No exterior, a decisão do Federal Reserve na véspera e manutenção dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE) nesta quinta-feira repercutem nos negócios, enquanto investidores permanecem a expectativa de novidades sobre as negociações comerciais entre a China e os Estados Unidos.

 

O presidente Donald Trump afirmou nesta quinta via Twitter que os Estados Unidos estão chegando "muito perto" de um "grande acordo" com a China.

 

Mais cedo nesta quinta-feira o Ministério do Comércio disse que os dois países estão em estreita comunicação sobre o comércio. Novas tarifas norte-americanas sobre quase 160 bilhões de dólares em produtos chineses estão previstas para entrarem em vigor no próximo dia 15.

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