22 de Janeiro de 2021 - 13h:35

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Bovespa cai mais de 1% com preocupações domésticas

Nesta quinta-feira, o principal índice da bolsa caiu 1,10%, a 118.329 pontos. Com nova queda, bolsa passa a acumular queda de 0,58% no ano.

Por: G1

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda nesta sexta-feira (22), com as atenções voltadas para o agravamento da pandemia e aumento das medidas restritivas no país, além de preocupações com o quadro fiscal do país.

 

Às 13h50, o Ibovespa caía 1,17%, a 116.950 pontos.

 

Entre as maiores pressões de queda, Eletrobras cai 5%. Petrobras, Vale e Itaú recuavam ao redor de 2%.

 

O dólar opera em alta, acima de R$ 5,45.

 

Na quinta-feira, a bolsa fechou em queda de 1,10%, a 118.329 pontos. A semana acumula perda de 1,68%. Na parcial do mês e do ano, a bolsa ainda acumula queda de 0,58%.

 

Cenário global e local

 

O dia começou tenso com um ressurgimento de infecções por coronavírus na China e um aumento nos casos no sudeste do continente às véspera do Ano Novo Lunar, período em que chineses costumam viajar. A bolsa de Xangai terminou o dia em queda de 0,44%.

 

O tom da negociação também é negativo na Europa, após números apontarem para uma contração da economia no primeiro trimestre do ano. Os índices de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) apontaram desaceleração da recuperação no continente mais grave do que esperado pelo mercado. Na zona do euro, o PMI composto, que inclui os setores de indústria e serviços, caiu para 47,5 pontos em janeiro.

 

A expectativa era de recuo para 48,0. Em dezembro, o índice foi de 49,1. Resultados abaixo de 50 representam contração da atividade.

 

Os preços do petróleo também caíam nesta sexta-feira, recuando ainda mais em relação às altas de 11 meses atingidas na semana passada, pressionados por temores de que novas medidas para enfrentar a pandemia na China reduzirão a demanda por combustível no maior importador de petróleo do mundo.

 

Nos EUA, os senadores decidem nesta sexta acerca da indicação de Janet Yellen para presidir o Departamento do Tesouro do país. Yellen participou de audiência na terça, na qual defendeu o emprego de estímulos fiscais para recuperar a economia americana mais rapidamente dos efeitos recessivos da pandemia.

 

Na cena doméstica, as atenções seguem voltadas ainda para os percalços para o avanço da vacinação contra o coronavírus no Brasil e a perspectiva de novas medidas restritivas para conter o aumento do número de contaminações.

 

A percepção de que a imunização contra a Covid-19 no Brasil será lenta e sujeita a reveses tem elevado receios quanto à força da recuperação da economia e alimentado temor de criação de novas despesas para fazer frente à pandemia.

 

O mercado tem monitorado com atenção também a campanha por eleição na Câmara e no Senado para calcular riscos de nova pressão por mais gastos, que também podem vir de dentro do próprio governo. Candidatos à presidência da Câmara e Senado já falam em estender o auxílio emergencial. Na véspera, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que lidera as preferências para a eleição na Casa, sair em defesa do benefício mesmo que isso prejudique o cumprimento do teto.

 

"O quadro sanitário não dá sinais claros de melhora enquanto o governo segue encontrando diversas barreiras para dar andamento à campanha de vacinação contra o coronavírus. Desta forma, o investidor deverá seguir avaliando de maneira cautelosa os desenvolvimentos em torno da campanha de imunização enquanto avalia os riscos de um novo atraso tanto na esfera social como na fiscal", disse Victor Beyruti, economista da Guide.

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