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Bovespa passa a operar em queda, apesar de alta da Petrobras

No dia anterior, o Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,59%, a 79.010 pontos.

G1

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, passou a operar em queda, após oscilar na manhã desta sexta-feira (15), em meio a novos ruídos nas relações comerciais entre os Estados Unidos e a China pressionando os negócios, dados fracos do varejo dos dois países, além da retração apontada na prévia do Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil. As ações da Petrobras eram destaque de alta no último pregão da semana.
Às 12h06, o Ibovespa caía 1,44%, a 77.873 pontos.
Na véspera, o Ibovespa encerrou o dia em alta de 1,59%, a 79.010 pontos. No ano, a bolsa ainda acumula queda de 31,69%. No mês passado, o Ibovespa acumulou valorização de 10,25%.
Petrobras é destaque
As ações da Petrobras eram responsáveis por oferecer o principal suporte ao Ibovespa. As ações PN da estatal são, inclusive, o ativo mais negociado de todo o mercado à vista, com um giro de R$ 465,2 milhões e projeção de um fluxo de até R$ 6 bilhões até o fim do dia, muito acima do total de R$ 1,6 bilhão movimentado em todo o pregão de quinta, destaca o Valor Online.
A procura pelos papéis da petroleira acontece após a divulgação do balanço trimestral da empresa, que registrou um prejuízo de R$ 48,5 bilhões. Apesar do prejuízo, o mercado recebeu bem os resultados da companhia. Entre os destaques, a equipe de analistas da Guide Investimentos aponta o fato de que a Petrobras encerrou o primeiro trimestre de 2020 com saldo de caixa de US$ 15,5 bilhões, o que implicou aumento de dívida de apenas US$ 2,1 bilhões em relação a dezembro de 2019, destacando que nos dois primeiros meses do ano a empresa já vinha reduzindo seu endividamento. Outro ponto positivo é a renegociação de contratos com grandes fornecedores visando a ampliação de prazos de pagamentos e redução de preços.

Cenário externo e local

As bolsas da China recuaram nesta sexta-feira, encerrando sua pior semana desde março em meio a preocupações sobre o crescimento econômico, consumo fraco e atritos comerciais entre Estados Unidos e China.

O consumo da China permaneceu fraco e as vendas no varejo caíram 7,5% em abril, mesmo depois que a produção industrial superou as estimativas e subiu pela primeira vez em 2020.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que não tem interesse em falar com o presidente chinês, Xi Jinping, no momento, e sugeriu que poderia até mesmo cortar laços com a segunda maior economia do mundo.

As vendas no varejo dos Estados Unidos sofreram um segundo mês consecutivo de queda recorde em abril à medida que a pandemia de novo coronavírus manteve os norte-americanos em casa, colocando a economia no caminho para sua maior contração desde a Grande Depressão no segundo trimestre.

Entre as principais preocupações dos investidores estão a perspectiva de que a recuperação econômica global não acontecerá no ritmo esperado, novos focos de coronavírus e os ataques de Donald Trump contra a China.

Os mercados de ações globais caíram este mês após uma sólida recuperação em abril por temores sobre um possível ressurgimento dos casos de Covid-19 à medida que as economias relaxam os isolamentos. "O mercado está dividido entre estímulos, novas infecções e dados econômicos", disse Keith Temperton, da Tavira Securities. "Os dados são ruins, mas o estímulo está superando-os por enquanto. Mas não imagino que isso vá durar."

Internamente, os riscos fiscais e os ruídos políticos seguem sendo monitorados pelos investidores. A economia registrou retração de 1,95% no primeiro trimestre de 2020, segundo o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma espécie de "prévia" do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira.

Pesquisa divulgada nesta sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a taxa de desemprego aumentou em 12 estados no 1º trimestre e se manteve estável nos demais, na comparação com o quarto trimestre do ano passado. Além disso, 3,1 milhões de brasileiros, ou 23,9% do total desempregados, buscavam trabalho há pelo menos 2 anos. No trimestre encerrado em dezembro, eram 2,9 milhões nessa situação.
 

Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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