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Dólar opera em queda, abaixo de R$ 5,80

Na véspera, moeda norte-americana fechou em alta de 1,33%, cotada a R$ 5,8192

G1

O dólar opera em queda nesta terça-feira (12), em meio a maior apetite por risco no exterior, enquanto, no cenário local, os investidores reagiam à ata da última reunião de política monetária do Copom.

 

Às 11h, a moeda norte-americana era vendida a R$ 5,7630, em queda de 0,97%.

 

Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 1,33%, cotado a R$ 5,8192. O dólar turismo voltou a ficar acima de R$ 6, fechando o dia a R$ 6,0344, sem considerar o IOF. No ano, o avanço chegou a 45,12%. No mês a alta acumulada é de 6,98%.

 

Cenário externo

 

A China anunciou nesta terça-feira uma nova lista de 79 produtos dos Estados Unidos elegíveis para isenções das tarifas retaliatórias adotadas no ápice da guerra comercial bilateral, em meio à contínua pressão sobre Pequim para aumentar as importações dos EUA.

 

À notícia, somam-se as expectativas de que o afrouxamento das restrições por conta do coronavírus ajudará a economia global.

 

O que explica a alta recente

 

A alta do dólar nos últimos dias ocorre diante de um intenso desconforto no mercado local de câmbio ditado pela combinação entre juros cada vez mais baixos, economia em colapso e persistentes incertezas do lado político.

 

Bolsonaro afirmou na semana passada que vai vetar parte do projeto de auxílio aos Estados aprovado pela Congresso que excluiu algumas categorias de servidores de regra de congelamento salarial, atendendo a recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

 

Antes dos mais recentes ruídos políticos, o câmbio já vinha se depreciando, sob pressão da queda constante dos diferenciais de juros entre o Brasil e o mundo. O Copom não apenas cortou a Selic além da magnitude de 0,50 ponto esperada por ampla parte do mercado como indicou possibilidade de outra flexibilização monetária nesse tamanho na próxima reunião do colegiado, nos dias 16 e 17 de junho. O juro básico caiu para 3%, nova mínima histórica.

 

Juros ainda mais baixos reduzem o diferencial de taxas entre o Brasil e o mundo, o que prejudica a competitividade do país em termos de atração de capital ávido por retornos, num momento em que mercados emergentes de forma geral sofrem fortes saídas de recursos por causa da crise do Covid-19.

 


Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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