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Bovespa opera em forte alta após anúncio de acordo para estímulo econômico nos EUA

Na terça, bolsa subiu 9,69%, fechando a 69.729 pontos

G1

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em forte alta nesta quarta-feira (25), após o anúncio de acordo nos Estados Unidos para um grande plano de US$ 2 trilhões de estímulo à economia para enfrentar os impactos da pandemia de coronavírus. 


Às 13h, o Ibovespa tinha alta de 4,33%, a 72.748 pontos.
 
 
Já o dólar opera com instabilidade.
 

Na terça-feira, a bolsa fechou em alta de 9,69%, a 69.729 pontos, acompanhando a melhora nos mercados externos, com uma nova ronda de estímulos monetários e orçamentais oferecendo algum alívio em meio aos temores de recessão global. Na parcial de março, o Ibovespa acumula queda de 33,06%. Em 2020, o tombo é de 39,7%. O Ibovespa não fecha em alta por dois pregões consecutivos desde a virada de fevereiro para março. 


 
Influências internas e externas
 
 
Aqui dentro, os analistas avaliam os dados sobre a prévia da inflação oficial, que trouxe uma queda de 16% nos preços das passagens aéreas, levando o IPCA-15 a ficar em 0,02% em janeiro. Também no radar estão os dados da pesquisa de serviços de janeiro, que apontou uma queda de 0,6%, puxada por transportes.
 
 
Na madrugada, congressistas e autoridades norte-americanas chegaram a um acordo sobre um pacote de estímulo econômico de US$ 2 trilhões nos Estados Unidos para aliviar o dano econômico a empresas e famílias decorrente da pandemia de coronavírus.
 
Tal desfecho foi em parte antecipado pelos mercados na terça-feira, quando o Dow Jones teve a maior alta percentual diária desde 1933.
 
Nesta sessão, o Dow subia 1,6%, mas o S&P 500 tinha queda de 0,24%.
O pacote deverá auxiliar trabalhadores, empresas e o sistema de saúde. O valor equivale a aproximadamente R$ 10,2 trilhões, o que representa um montante maior do que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em valores correntes, que em 2019 totalizou R$ 7,3 trilhões.
 
 
Destaques
 
 
As ações de companhias aéreas estão entre os maiores ganhos. A GOL PN e AZUL PN subiam 20% e 17,75%, respectivamente, em nova sessão se recuperação após anunciarem uma série de medidas em resposta ao Covid-19, incluindo cortes drásticos na oferta de voos.
 
 
A PETROBRAS PN subia 1,21%, conforme os preços do petróleo também recuavam no mercado externo, também afetado pela queda na demanda por combustíveis devido à disseminação do coronavírus.


A VALE ON avançava 3,32%. Os futuros do minério de ferro na China subiram mais de 5%, maior alta desde julho de 2019, por preocupações sobre a oferta à medida que mais países determinam quarentenas para conter o coronavírus, incluindo importantes produtores da matéria-prima como o Brasil.
 

O BANCO DO BRASIL ON avançava 3,7%, em nova sessão positiva para os grandes bancos de varejo do Ibovespa, com ITAÚ UNIBANCO PN em alta de 1,3% e BRADESCO PN subindo 4,2%.
 

Volatividade deve continuar
 
 
Apesar da repercussão positiva, agentes financeiros não descartam manutenção da volatilidade, uma vez que permanecem dúvidas sobre o efeito total da pandemia nas economias, bem como faltam evidências de melhora no ritmo de contágio do vírus, destaca a Reuters.


Analistas da corretora Mirae Asset observaram que a propagação da doença no mundo continua em evolução, bem como o isolamento de pessoas e países, conforme nota a clientes.
 

Eles citam que, apesar da artilharia pesada dos BCs, há questionamentos por alguns políticos e empresários sobre o tempo desta paralisação da economia em cada país, em meio ao temor de eventuais sequelas irreparáveis para empresas e empregos.
"Será importante entender qual o período de segurança entre saúde da população e da economia. Este será o novo desafio do cenário que está se formando e será munição para confrontos na política em diferentes países e aqui não será diferente."

Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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