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Bovespa opera em alta após tombo da véspera; Petrobras recupera parte das perdas

Na véspera, Ibovespa teve queda de 12,17% – o maior tombo desde 1998

G1

O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta terça-feira (10), enquanto lá fora os mercados acionários também esboçam recuperação, em meio a expectativas de ações coordenadas de governos e bancos centrais de todo o mundo para ajudar as economias em meio ao surto do novo coronavírus.

 

Às 12h22, o Ibovespa tinha alta de 2,69%, a 88.231 pontos. Mais cedo, a alta chegou a superar 5%. Na máxima até o momento foi a 91.771 pontos.

 

Depois de recuar quase 30% na véspera, e ver seu valor de mercado 'encolher' US$ 91 bilhões, a Petrobras era destaque de alta, subindo 4,61% no caso das ações preferenciais, e 3,49% nas ordinárias. Já os papeis da Vale subiam 9,44%.

 

Na segunda-feira, a bolsa desabou 12,17%, na maior queda em mais de 20 anos. O dia foi marcado por uma tensão generalizada nos mercados globais após o tombo preços do petróleo adicionar mais um componente de turbulência, elevando os temores de uma recessão global.

 

Com a queda, a bolsa de valores apagou os ganhos de 2019 e voltou ao patamar de 27 de dezembro de 2018, quando marcou 85.460 pontos. No ano, o Ibovespa acumula queda de 25,58%.

 

Expectativas de recuperação

 

No exterior, as bolsas da Europa e dos EUA também tinham dia de recuperação, com alta de mais de 2%.

 

Os preços do petróleo eram negociados em alta perto de 10% nesta terça, após tombo de quase 25% na véspera, depois de uma guerra de preços dos maiores produtores, Arábia Saudita e Rússia, que provocou a maior queda diária desde a Guerra do Golfo de 1991.

 

Os investidores miravam possíveis estímulos econômicos e sinais da Rússia de que conversas com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para evitar a guerra de preços seguem possíveis.

 

O presidente norte-americano Donald Trump disse na segunda-feira que tomará importantes medidas para proteger a economia dos EUA contra impactos da disseminação do coronavírus, enquanto o governo do Japão planeja gastar mais de US$ 4 bilhões em um segundo pacote de ações para lidar com o vírus.

 

"A perspectiva de maiores gastos do governo está ajudando investidores a ignorar a ampliação nas medidas de contenção que reduzirão a atividade econômica", destacou o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa no London Capital Group, destacando entre as medidas as restrições de deslocamento na Itália.

 

"A possibilidade de uma atuação dos 'policymakers' para lidar com a crise, aliada a preços e 'valuations' mais atrativos está sustentando o mercado", afirmou o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos.

 

"Eu vinha com uma visão e um viés muito mais cauteloso e negativo nas últimas semanas. Neste momento, ainda vejo um cenário extremamente frágil e incerto. Ainda espero volatilidade, mas acredito que parte relevante desta incerteza tenha sido precificada nos ativos de risco."


Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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