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Bovespa fecha em queda de quase 3% com cautela por Previdência e desaceleração global

Índice encerrou o pregão a 101.031 pontos, mínima em quase um mês, puxado pelas ações da Vale.

G1

O principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda nesta quarta-feira (2), com o mercado externo desfavorável e investidores de olho na votação da reforma da Previdência no Senado.

 

O Ibovespa encerrou o pregão em baixa de 2,90%, a 101.031 pontos, no menor nível em quase um mês.

 

Perto do fechamento, as ações da Vale tinham queda de mais de 5%, liderando as perdas do dia e ajudando a puxar o índice para o vermelho. Os papéis se desvalorizavam em meio às preocupações com uma desaceleração da atividade global e o potencial efeito disso na demanda por commodities.

 

As preferenciais da Petrobras recuavam 2,5%, contaminadas pela venda generalizada na bolsa, além da fraqueza dos preços do petróleo no mercado externo.

 

As ações dos bancos também caíam, aumentando a pressão negativa sobre o Ibovespa devido ao peso importante que têm na composição do índice. As preferenciais do Itaú recuavam 2,7%, enquanto as do Bradesco caíam 3,6% e as ações do Banco do Brasil tinham desvalorização de 3%.

 

No dia anterior, o índice fechou em queda de 0,66%, aos 104.053 pontos.

 

Previdência

 

O Senado concluiu nesta quarta-feira o primeiro turno da votação da reforma da Previdência. Na véspera, a casa já havia aprovado o texto-base da reforma, por 56 votos a 19. Na ocasião, foi aprovado um destaque que retirou do texto um trecho aprovado pela Câmara que restringia o pagamento do abono salarial. Isso reduziu a economia prevista com a reforma de R$ 876 bilhões para R$ 800 bilhões em dez anos.

 

A proposta ainda terá de passar por um segundo turno de votação, previsto para a próxima semana. Porém, o cronograma pode ser atrasado porque alguns senadores argumentam que há acordos não cumpridos e cobram do governo federal contrapartidas que ainda não foram efetivadas. É o caso de um acordo sobre divisão de recursos de leilões de petróleo.

 

Senadores usam a reforma para mandar recado de insatisfação ao Planalto

 

Cenário externo

 

No cenário externo, permanecem as preocupações de uma desaceleração global mais intensa em meio à prolongada guerra comercial entre Estados Unidos e China e após dados mostrarem que a atividade industrial norte-americana registrou a maior contração em mais de uma década.

 

Nesta quarta, o mercado soube que o setor privado dos Estados Unidos adicionou 135 mil empregos em setembro setembro, número que ficou abaixo do esperado por alguns economistas.

 

"Os dados de criação de emprego no setor privado dos EUA vieram piores do que as projeções e azedaram o humor no mercado", disse à Reuters a equipe da Elite Investimentos.

 

Esse tipo de dado continua estimulando o mercado a acreditar que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) tenha que cortar mais os juros, mas isso não significa que haverá dinheiro disponível para emergentes como o Brasil.

 

Juros menores em economias desenvolvidas, no geral, estimulam a procura por maior rentabilidade e migração para ativos mais arriscados, como as moedas de países emergentes. Só que essa relação esbarra no crescente medo de recessão global e na dúvida de que os bancos centrais não consigam enfrentar o cenário, destaca o Valor Online.

 

O mercado acompanha ainda as notícias envolvendo as negociações saída do Reino Unido da União Europeia. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou que irá apresentar nesta quarta-feira sua proposta final de Brexit à União Europeia.


Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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