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Justiça decreta a falência da Brasil Pharma

Dona da rede Farmais informou que irá convocar assembleia geral extraordinária para que os acionistas ratifiquem a falência.

G1

A Justiça decretou a falência da Brasil Pharma e de outras sociedades do grupo. O pedido foi acolhido pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo, que reconheceu a "inviabilidade da manutenção da empresa" e do plano de recuperação judicial.

 

Na sentença, o juiz Marcelo Barbosa Sacramoneia, determinou a imediata alienação dos bens da empresa e nomeou a empresa Deloitte Touche Tohmatsu como administradora judicial.

 

Ao pedir a falência, a Brasil Pharma alegou que era impossível obter novos recursos para assegurar o cumprimento das obrigações previstas no plano de recuperação judicial e que não havia perspectivas de continuidade operacional.

 

A decretação de falência também atinge Drogarias Farmais, Farmais Produtos, Drogaria Amarilis, Sant'ana S.A Drogaria Farmácias, Distribuidora Big Ben, Rede Nordeste de Farmácias, Nex Distribuidora de Produtos Farmacêuticos, Brasil Pharma Promotora de Vendas e Brasil Pharma Fidelidade.

 

Segundo Sacramone, “não há como rejeitar o pleito”, tendo em vista a incapacidade da companhia de cobrir suas despesas administrativas, pessoais, financeiras e as vinculadas aos credores. “Não é plausível manter a existência de uma empresa que já confessou não ter condições de perseguir seu objeto social”, diz trecho da decisão.

 

A Justiça determinou ainda a venda das marcas da companhia, mediante a publicação de atual com primeira praça em 50% do valor da avaliação, segunda praça em 30% e terceira praça com lances a partir de 10% do valor da avaliação. A Mega Leilões será a responsável pelas vendas.

 

Quanto aos medicamentos, o juiz pede ao administrador judicial que apresente a relação dos produtos para venda posterior.

 

A Brasil Pharma informou que irá convocar assembleia geral extraordinária para que os acionistas ratifiquem o pedido de falência.

 

Derrocada

 

O grupo entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2018, reunindo dívidas de mais de R$ 1 bilhão.

 

O grupo, dono das redes Big Ben, Farmais e Farmácia Sant’ana, foi criado como um veículo para consolidar compras de redes de drogarias regionais, mas teve problemas de integração e passou por disputas entre acionistas, além de ter dívida elevada.

 

O grupo é atualmente controlado pelo Stigma II LLC, da gestora Lyon Capital, que tem 94,49% o das ações ordinárias, segundo a Reuters.

 

No início de março, a Panpharma, uma das maiores distribuidoras do setor farmacêutico, obteve liminar em segunda instância que suspendeu o plano de recuperação da Brasil Pharma. A Panpharma questionava o formato da venda da BR Pharma ao empresário Paulo Remy, em 2017, e falava em conflito de interesses de sócios do BTG, credores da rede de farmácias criada pelo BTG.

 

 

Foto: Reprodução/ G1/ Facebook


Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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