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Bovespa fecha em alta no último pregão do ano, e encerra 2018 no azul

O principal índice da bolsa brasileira subiu 15% em 2018, na terceira alta anual consecutiva.

G1

O principal indicador da bolsa brasileira, a B3, fechou em alta nesta sexta-feira (28), no último pregão do ano. O Ibovespa subiu 2,84%, aos 87.887 pontos. No ano, a alta foi de 15%.

 

Após meses de volatilidade, em meio às eleições no Brasil e preocupações com o cenário externo, o Ibovespa encerrou no azul pelo terceiro ano seguido, depois de subir 27% em 2017 e 39% em 2016.


Já o dólar terminou o ano em alta de quase 17% sobre o real, segundo dados do Valor Pro.]

 

Veja abaixo alguns fatores que influenciaram a bolsa em 2018:


indicações do Fed sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos

 

tensões globais em meio à 'guerra comercial' entre Estados Unidos e China

 

expectativas sobre a troca de governo e a possibilidade de aprovação de reformas econômicas

 

Petrobras sobe mais de 50% no ano
A ação ordinária (que dá ao acionista direito a voto em assembleias da empresa) da Petrobras (PETR3) subiu 51,45% no ano, segundo dados do Valor Pro. Já a preferencial (PETR4, que dá preferência na distribuição de dividendos) avançou 45,92%.

 

Neste último pregão do ano, as ações da estatal lideraram as altas do dia. O papel ordinário subiu 3,93% e o preferencial, 4,66%. O avanço aconteceu após a empresa anunciar que sua diretoria aprovou um mecanismo financeiro de proteção complementar à política de preços do diesel, semelhante ao utilizado na gasolina. Isso permitirá à companhia manter a cotação do produto estável nas refinarias por um período de até sete dias em momentos de elevada volatilidade.

 

Outros destaques
A Vale também teve alta neste pregão, com o papel VALE3 subindo 3,03%. No ano, o avanço foi de 31,08%, ainda segundo o Valor Pro.

 

As ações do Bradesco e do Itaú Unibanco também subiram, ajudando a puxar o Ibovespa para cima devido ao peso importante que têm sobre o índice.

 

Nesta sexta, o Itaú subiu 1,9% na ação ordinária (ITUB3) e 3,5% na preferencial (ITUB4). A alta anual dos papéis foi de 28,3% e 32,98%, respectivamente.

 

Já o Bradesco teve alta de 3,2% na ação preferencial (BBDC4) nesta sexta, e de 1,65% na ordinária (BBDC3). No ano, as ações subiram 29,23% e 19,56%, respectivamente.

 

Cenário interno
Para o gestor Henrique Bredda, da Alaska Asset Management, a alta do Ibovespa no ano mostra que a bolsa reflete os lucros das empresas, que em 2018, no agregado, subiram bastante em relação a 2017. "Acreditamos que isso deve se repetir em 2019 versus 2018", afirmou Bredda à Reuters.

 

Internamente, o mercado segue acompanhando notícias sobre a transição de governo. Nesta sexta, repercutiu nos negócios uma entrevista em que o futuro vice-presidente, general Hamilton Mourão, defendeu a necessidade de uma reforma da Previdência já no primeiro semestre de 2019.

 

“Se a gente for voltar para a estaca zero não vamos conseguir produzir nada no ano que vem. Poderia ser feito um adendo aqui e outro ali dentro da visão que se tem”, afirmou em entrevista ao Valor. “Temos que usar o que está lá e colocar uma coisa a mais, que isso é permitido pelo regulamento interno do Congresso, para que a gente consiga no primeiro semestre tentar passar isso aí”, completa.

 

O mercado considera a reforma da Previdência uma das principais condições para que a economia volte a crescer de forma mais robusta. Por essa razão, as declarações de Mourão foram bem recebidas por investidores.

 

"A declaração de Mourão sobre a votação da reforma da Previdência única, e não fatiada, tem grande importância. O mercado tem pressa, quer ação", disse à Reuters o operador de câmbio da corretora Advanced Corretora Alessandro Faganello.

 

Lá fora
O ano foi marcado por preocupações sobre a economia global, especialmente em relação aos Estados Unidos e sua disputa comercial com a China. As incertezas sobre os impactos para a economia global influenciaram os negócios no mundo todo - inclusive na bolsa brasileira.

 

Na China, o mercado de ações fechou o ano no vermelho. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 25,3% em 2018. Já o índice de Xangai perdeu 24,6%. O fechamento anual dos mercados na Europa e nos Estados Unidos ainda não é conhecido porque haverá funcionamento parcial dos pregões na segunda-feira (31).

 

Segundo Rafael passos, analista da Guide Investimentos, alguns ruídos nos Estados Unidos ainda rondam os negócios e não sumiram do horizonte. O analista afirmou ao Valor Online que o começo de 2019 ainda será marcado por questões envolvendo o país, sobretudo em relação à alta de juros e desaceleração econômica.

 

Na América Latina, outros mercados de ações tiveram desempenho inferior ao do Brasil, segundo dados da Economatica.

 

No México, o IPC caiu 16%. Miguel Daoud, economista da Global Financial Advisor, comenta que o mercado acionário mexicano foi um dos que mais sofreu na América Latina em 2018 em virtude das preocupações com a economia dos Estados Unidos. "O México tem quase uma ligação umbilical com os Estados Unidos", disse ao G1.

 

O segundo pior desempenho da região foi o do mercado acionário da Colômbia. O Colcap perdeu 12,4% em 2018.

 

No Chile, o Ispa recuou 8,25%, e, no Peru, o SP/BVL caiu 3,35% no ano. Já a Merval, a bolsa de valores da Argentina, subiu 0,76% em 2018. O país vive uma crise cambial e inflacionária que levou o governo a pedir socorro novamente ao Fundo Monetário Internacional (FMI).


Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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