Igreja Batista Getsemâni

Produção industrial cai em 14 dos 15 locais pesquisados em maio pelo IBGE

Resultado se deve à greve dos caminhoneiros. Por causa da paralisação, indústria nacional teve o pior desempenho desde dezembro de 2008.

Daniel Silveira, G1 Rio

Em maio, a produção da indústria caiu em 14 dos 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na comparação com abril. É o que aponta o levantamento divulgado pelo instituto nesta quarta-feira (11).

 

Segundo o IBGE, o perfil disseminado de queda reflete os efeitos da paralisação dos caminhoneiros. Com a greve, ocorrida nos últimos 11 dias de maio, a produção nacional teve queda de 10,9% na comparação com o mês anterior, o pior resultado desde dezembro de 2008, quando o recuo havia sido de 11,2%.


O detalhamento regional da pesquisa mostrou que as quedas mais acentuadas da produção industrial foram registradas em Mato Grosso (-24,1%), Paraná (-18,4%), Bahia (-15,0%) e Santa Catarina (-15,0%). São Paulo (-11,4%) e Rio Grande do Sul (-11,0%) também tiveram perdas mais intensas do que a média nacional.

 

Os demais índices negativos foram registrados em Goiás (-10,9%), Minas Gerais (-10,2%), Região Nordeste (-10,0%), Pernambuco (-8,1%), Rio de Janeiro (-7,0%), Ceará (-4,9%), Amazonas (-4,1%) e Espírito Santo (-2,3%).

 

Somente o Pará alcançou desempenho positivo de sua indústria em maio, com alta de 9,2% da produção na comparação com abril. Segundo o IBGE, o resultado da indústria paraense eliminou a queda de 8,5% observada no mês anterior.

 

Efeito calendário

 

Na comparação com maio de 2017, 12 dos 15 locais pesquisados tiveram taxas negativas. O IBGE apontou que, nesta base de comparação, além da greve dos caminhoneiros também houve influência negativa o efeito-calendário, já que maio de 2018 (21 dias) teve um dia útil a menos do que maio de 2017 (22).

 

Os resultados negativos mais intensos foram registrados Goiás (-15,7%), Mato Grosso (-14,7%), Bahia (-13,7%), Paraná (-12,0%), Rio Grande do Sul (-10,8%) e Região Nordeste (-10,3%). As demais quedas foram no Ceará (-9,7%), Santa Catarina (-8,2%) e Minas Gerais (-7,3%), Espírito Santo (-5,4%), São Paulo (-4,8%) e Pernambuco (-3,5%). A média nacional na comparação com maio no ano passado foi de -6,6%.

 

Pará (6,0%), Amazonas (4,5%) e Rio de Janeiro (0,9%) foram os únicos locais com alta na produção na comparação com maio do ano anterior.

 

Segundo o IBGE, o resultado da indústria paraense foi impulsionado pelo comportamento positivo das indústrias extrativas, sobretudo minérios de ferro em bruto ou beneficiados. Já no Amazonas, a pressão positiva partiu de outros equipamentos de transporte (motocicletas e suas peças e acessórios) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (gasolina automotiva e gás liquefeito de petróleo.

 

Acumulado no ano e em 12 meses

 

No acumulado de janeiro a maio, oito dos 15 locais pesquisados tiveram alta na comparação com o mesmo período do ano passado. O Amazonas (17,9%) foi o único com avanço na casa de dois dígitos. Os demais resultados positivos foram no Pará (6,6%), São Paulo (5,0%), Santa Catarina (4,0%), Rio de Janeiro (3,6%), Pernambuco (2,3%), Ceará (1,1%) e Rio Grande do Sul (0,2%). A média da indústria nacional foi de 2,0% de alta no acumulado dos cinco primeiros meses do ano.

 

Tiveram queda Espírito Santo (-5,1%), Goiás (-3,6%), Minas Gerais (-2,2%), Região Nordeste (-1,6%), Bahia (-1,3%), Paraná (-0,9%) e Mato Grosso (-0,4%).

 

Já no acumulado nos últimos 12 meses, que na média nacional foi de 3,0% frente a 3,9% em abril, dez dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas, mas 14 apontaram menor dinamismo frente aos índices de abril último.

 

As principais perdas de ritmo entre abril e maio de 2018 foram no Paraná (de 3,9% para 2,1%), Goiás (de 4,0% para 2,4%), Rio Grande do Sul (de 1,4% para -0,2%), Santa Catarina (de 5,9% para 4,4%), Ceará (de 4,4% para 3,0%), Bahia (de 1,5% para 0,2%), Mato Grosso (de 5,7% para 4,5%) e Região Nordeste (de 0,5% para -0,6%), enquanto Amazonas (de 10,1% para 10,4%) registrou o único avanço entre os dois períodos.


Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

Visite o website: http://ersadvocacia.com.br