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Bovespa despenca 5% com preocupação eleitoral e piora dos mercados emergentes

Das 67 ações do índice, apenas a Embraer operava com ganhos; índice de ações sofre efeitos da disparada da moeda norte-americana

G1

O principal índice de ações da bolsa brasileira (B3) opera em forte baixa nesta quinta-feira (8), em meio à disparada do dólar, com a piora de ações de outros mercados emergentes acentuando a queda no pregão doméstico, que já vinha pressionado particularmente por apreensões com o incerto cenário político-eleitoral no país, segundo a Reuters.

 

Às 13h56, o Ibovespa caía 5,31%, a 72.073 pontos. A pontuação é mais baixa desde dezembro. 

 

Na véspera, o índice fechou em queda de 0,68%, a 76.117 pontos. Após cair quase 11% em maio, o Ibovespa contabilizava um declínio ao redor de 2,7% nos primeiros dias de junho.

 

Os mercados enfrentam forte turbulência nesta quinta-feira (7), com a disparada do dólar afetando as principais ações do Ibovespa. A moeda dos EUA chegou a bater R$ 3,94 na sessão.

 

Tensão no cenário interno

 

Apreensões com a interferência do governo na economia ganharam força com a greve dos caminhoneiros, quando o governo adotou medidas, como o tabelamento do frete e congelamento do preço do diesel, para encerrar o movimento que durou cerca de 10 dias e provocou o desabastecimento de vários produtos, destaca a Reuters.

 

"Uma maior interferência do governo (qualquer governo) na livre atuação da economia não será bem vista pelos investidores em ativos no Brasil", disse à agência um gestor de uma administradora de recursos do Rio de Janeiro.

 

Os analistas da XP Investimentos avaliaram que o cenário eleitoral ainda é muito incerto, o que deve trazer volatilidade nos próximos meses.

 

"Somente esperamos uma potencial melhora do sentimento por volta de agosto/setembro, a medida que teremos mais clareza em relação ao ritmo do crescimento do pais passado os efeitos da greve, ao mesmo tempo que as alianças no campo político devem começar a ficar mais claras", afirmou a XP.

 

O banco suíço UBS cortou nesta quinta-feira a recomendação para ações brasileiras para "neutra" em seu portfólio de mercados emergentes, enquanto disse que esse é o momento para adquirir papéis de emergentes.

 

O movimento na Bovespa novamente destoava do tom mais positivo em Wall Street, onde o S&P 500 abriu em alta, enquanto o índice MSCI para ações de mercados emergentes tinha variação negativa de 0,04%.


Destaques

 

Das 67 ações na carteira do Ibovespa, apenas a Embraer operava no azul. Até a Vale, que avançou mais cedo, passou a cair em torno de 3%.

 

Petrobras caía ao redor de 5% nas preferenciais, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior, conforme investidores seguem questionando a autonomia da petrolífera de controle estatal.

 

Itaú Unibanco e Bradesco cediam acima de 5%, com bancos afetados pela maior aversão a ações brasileiras.

 

As varejistas Via Varejo e Magazine Luiza tinham perdas acima de 11%. Gerdau perdia mais de 9%.

 

Gol perdia mais de 8%, em meio à disparada do dólar, que afeta os custos de companhias aéreas. A alta do petróleo era mais um componente desfavorável. A sua controlada Smiles despencava mais de 13%.

 

CVC caía mais de 9%, conforme a operadora de turismo é afetada negativamente pelo fortalecimento do dólar e também pela recuperação mais lenta da economia.


Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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