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Itaú reduz previsão de crescimento do PIB de 3% para 2% em 2018 e vê dólar mais caro

Estimativa para o crescimento da economia em 2019 também foi revisada, de 3,7% para 2,8%. Para banco, dólar deve fechar o ano a R$ 3,50

Reuters

Diante dos sinais mais fracos da atividade neste início de ano, o banco Itaú Unibanco reduziu suas estimativas para o crescimento do Brasil para 2018 e 2019, ao mesmo tempo em que também vê o dólar mais caro neste período.

 

"Dados mais fracos no primeiro trimestre e menor espaço para aceleração da atividade devido à incerteza quanto ao avanço das reformas" explicam a visão de menor expansão, escreveu o economista-chefe do banco, Mario Mesquita.

 

Agora, o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer 2% e 2,8% em 2018 e 2019, respectivamente, contra 3% e 3,7% antes. Mesquita lembrou, entre outros, a queda nos índices de confiança neste início de ano, além da "criação de empregos formais, que deveria ser o principal fator para novas altas da massa salarial real em 2018, desacelerando".

 

Dólar

 

Para o Itaú, a recente escalada do dólar frente ao real também afeta negativamente a atividade, porque prejudica a atividade no curto prazo ao encarecer as importações e reduz a capacidade do Banco Central de estimular mais o crescimento "diante das evidências de impacto marginal maior de cortes de juros na taxa de câmbio".

 

Agora, a projeção é de que o dólar feche tanto 2018 e 2019 a R$ 3,50, ante R$ 3,25 e R$ 3,30, respectivamente.

 

Inflação e juros

 

Neste cenário, Mesquita, que já foi diretor do BC, elevou suas contas para a inflação deste ano a 3,7%, sobre 3,5%, e manteve em 4% para 2019. "Incorporamos no nosso cenário a taxa de câmbio mais depreciada, o aumento dos preços de petróleo e o crescimento mais baixo".

 

Para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na próxima semana, Mesquita vê que a Selic será reduzida em 0,25 ponto percentual, para nova mínima histórica de 6,25% ao ano, encerrando o atual ciclo de afrouxamento.

 

Também manteve a estimativa de déficit primário deste ano em 1,9% do PIB, mas piorou a de 2019 a 1,2%, sobre 0,9%. "O reequilíbrio fiscal continua dependente de reformas", afirmou.

 

Na semana passada, os economistas do mercado financeiro reduziram a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 2,75% para 2,70%, segundo a última pesquisa Focus. A previsão do governo segue de alta de 3%.


Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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