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Tarso diz que reformas política e tributária não são essenciais para o governo

O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) afirmou nesta quinta-feira que o governo não vai impor as reformas política e tributária ao Congresso. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "não depende" das duas reformas "para governar".

Folha Online

"Qualquer governo, seja do presidente Lula ou de outra pessoa, teria condições de governar nos próximos quatro anos [sem as reformas]. Não há perigo institucional se a reforma política e a tributária não forem feitas", disse Tarso.

Tarso observou que as reformas são "fundamentais para o futuro do país", mas ressaltou que o presidente não pretende criar uma disputa com o Congresso caso não haja apoio para aprová-las. "O governo não quer fazer chantagem. É uma reforma que depende do apoio do Parlamento. [Não aprová-la] não significará crise no governo", disse.

O ministro ainda complementou: "Vamos pedir para os presidentes da Câmara e do Senado proporem uma agenda de discussão da reforma política, que o governo não pretende protagonizar, ser o coordenador deste processo".

As duas reformas provocam divisão na base aliada do governo no Parlamento. A reforma política enfrenta resistências de partidos pequenos, como PL, PP e PTB. A reforma tributária não é desejada por governadores que temem perder recursos com a mudança constitucional.

O ministro negou que o discurso do governo seja incoerente com o adotado antes das eleições. Na ocasião, o presidente Lula dizia que a reforma política foi responsável pelas crises enfrentadas pelo seu governo e o Congresso. O governo chegou a estudar, inclusive, convocar uma constituinte para fazer a reforma. "Nós precisamos mexer nessa ferida chamada política brasileira", afirmou o presidente, em 24 de julho do ano passado, durante campanha eleitoral, em evento em Olinda (PE).

A reforma tributária está prevista no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), anunciado pelo governo para estimular o crescimento da economia nos próximos anos, como prioridade.
 

Fonte: ERS Consultoria & Advocacia

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