19 de Junho de 2007 - 16h:32

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Plano de Recuperação Judicial da TUT Transportes

Plano de recuperação é aprovado

Empresa venderá imóveis para quitar as dívidas trabalhistas e com credores que somam R$ 21 milhões. Débitos fiscais estão de fora

Após um ano e oito meses o juiz da Vara Especializada de Falência, Concordata e Cartas Precatórias de Cuiabá, Marcos Aurélio Ferreira, aprovou ontem o plano de recuperação da TUT Transportes. Pelo que ficou estabelecido, a empresa vai vender parte de seus imóveis para quitar dívidas trabalhistas e de credores no valor de R$ 21 milhões. Os trabalhadores serão os primeiros a receber. Ao todo são 800 ações trabalhistas cujo passivo soma R$ 6 milhões. Os débitos com os fiscos estadual e federal não fazem parte deste plano.

O novo advogado da TUT, Euclides Ribeiro Júnior, revela que a empresa ERS Consultoria em Gestão vai operacionalizar o plano de recuperação. A venda dos imóveis será acompanhada também por um comitê dos credores da TUT. A previsão é quitar a dívida com os trabalhadores em um ano.

A TUT Transportes foi a primeira empresa a entrar com pedido de recuperação judicial em Cuiabá após a aprovação da lei de falências e concordatas. O pedido foi aceito em outubro de 2005. Logo em seguida a TUT apresentou o plano de recuperação, que é uma exigência legal e deve ser aprovado pelo juiz. No plano, a empresa apresenta os meios para sanar seus débitos e não ter a falência decretada. Segundo Júnior, optou-se por vender os imóveis porque a situação patrimonial da empresa é muito confortável. São mais de mil imóveis espalhados pelos municípios atendidos pela TUT. Só não havia fluxo de caixa, devido ao tamanho da empresa, com todas as suas despesas e os vários processos trabalhistas que sofria.

As ações trabalhistas devem ser quitadas em 12 meses. O advogado argumenta que a quitação dos débitos vai dar o fôlego que a TUT precisa para se modernizar. Ônibus novos serão comprados, a diretoria será profissionalizada e novas linhas devem ser abertas para concorrer com empresas de fora do Estado que estão entrando no mercado.

A TUT faz transporte de cargas, atende 10 mil passageiros por dia, tem mil funcionários, 276 veículos e um faturamento mensal de R$ 3 milhões. Está presente, além de Mato Grosso, em São Paulo, Amazonas e Rondônia e existe há 30 anos. Os débitos da TUT Transportes com os fiscos estadual e federal serão alvo de um outro plano de recuperação.

Jornal: A Gazeta

Data: 14/06/2007

 

Tut Transporte tem plano homologado pela Justiça

Mais uma empresa mato-grossense obtém decisão favorável sobre plano de recuperação judicial.


O juiz Marcos Aurélio dos Reis Ferreira, da Vara Especializada de Falência e Concordata de Cuiabá-MT, homologou ontem o plano de recuperação judicial da empresa Tut Transportes. O plano aprovado pela assembléia geral de credores realizada no último dia 30, contou com a presença de mais de 300 pessoas, entre trabalhadores, fornecedores e demais detentores de crédito da empresa. A decisão permite que o passivo de R$ 21 milhões seja pago integralmente por meio da venda de bens não operacionais (imóveis urbanos e rurais da empresa).

Do total de passivo, R$ 6 milhões referem-se a débitos com ações da Justiça Trabalhista e o restante em dívidas com fornecedores e autores de ações contra a empresa. A empresa conseguiu ainda um deságio de 70% do débito com o Banco Itaú.

Com a aprovação do plano foram mantidos mais de 4 mil empregos, mil diretos e 3 mil indiretos. Ao todo a empresa de transporte tem receita de R$ 3 milhões ao mês. O processo de recuperação judicial foi resolvido em pouco mais de 60 dias, o que permitirá à empresa - com as finanças recuperadas - comprar 14 novos ônibus rodoviários, quatro no próximo mês e 10 até o fim do ano.

Neste processo de recuperação, segundo o advogado e especialista em recuperação judicial, Euclides Ribeiro Júnior, as particularidades do caso exigiram um sacrifício maior exatamente de quem mais sofreria com a quebra da empresa, os trabalhadores. "Foi muito gratificante ver que houve consenso absoluto na assembléia de credores já que todos os trabalhadores sacrificaram-se para manter a empresa funcionando. A votação foi unânime para aceitação de pagamento de créditos trabalhistas e de fornecedores através da venda de bens, tudo para manter a continuidade do emprego”.

A partir de agora a gestão da Tut Transportes será terceirizada, a empresa será administrada pela ERS Consultoria em Gestão, empresa recém criada para prestar assessoria em gestão de empresas em Mato Grosso.

A Tut atua no segmento de transportes de passageiros há mais de 30 anos, nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Rondônia. E é pioneira em trechos como Cuiabá/Tangará/Juína/Colniza/Aripuanã/Vilhena/Juruena. Ao todo mais de 300 mil pessoas são transportadas ao mês, destas 50 mil são idosos, o que representa 1,8 mil pessoas da terceira idade, que por dia, são transportadas gratuitamente conforme exigido pelo Estatuto do Idoso.

BENEFICIADAS - Ribeiro ainda lembra que com a Tut Transportes já são seis empresas de Mato Grosso que conseguiram se reestruturar financeira e administrativamente graças às ações de recuperação judicial que tiveram sucesso, entre elas, a Petroluz, Sabóia Campos e Agroleste.

Jornal: Diário de Cuiabá

Data: 14/06/2007

Lei de falências pegou

A lei de falências tem dado cada vez mais sinais de que pegou no Brasil, onde há leis que não pegam. E não são apenas nos casos super conhecidos como o da Varig. Nesta quarta-feira (13/6), por exemplo, a legislação beneficiou a empresa TUT Transportes, que está no mercado há mais de 30 anos e atua em Mato Grosso, São Paulo e Rondônia. A empresa, que tem uma dívida de 21 milhões de reais, teve seu plano de recuperação judicial homologado pelo juiz Marcos Aurélio dos Reis Ferreira, da Vara Especializada de Falência e Concordata de Cuiabá (MT). Agora, a dívida será paga com a venda de imóveis urbanos e rurais da empresa, conforme ficou decidido em assembléia com credores e fornecedores. O caso, que antes levaria anos na justiça, foi resolvido em pouco mais de dois meses. A TUT Transportes, representada pelo advogado Euclides Ribeiro Júnior no caso, passará a ter a gestão terceirizada.

Jornal: Portal Exame

Data: 13/06/2007

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