25 de Maio de 2011 - 15h:00

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Feriados e economia aquecida puxaram queda da inadimplência das empresas em abril

Por: Serasa Experian

Em abril, a inadimplência nos negócios recuou 7,9% ante março último, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas.

Para os economistas da Serasa Experian, a atividade econômica aquecida, baseada no consumo, manteve em abril a geração de receitas para as empresas. Os feriados prolongados de Tiradentes e Páscoa também favoreceram as vendas e os setores ligados ao turismo. Além disso, o menor número de dias úteis em abril (19 contra 21 do mês anterior), também contribuiu para a queda mensal do indicador.

Os economistas notam, ainda, que o aumento dos juros e o encarecimento do crédito para as empresas, decorrentes da política monetária para combate à inflação, estão sendo compensados, em parte, pelo maior volume de vendas. Todavia, tal ambiente de custos financeiros mais elevados já produz uma inadimplência das empresas, em
2011, superior aos níveis de 2010. De fato, no primeiro quadrimestre de 2011, em comparação com igual período de 2010, a inadimplência das empresas apresentou uma alta de 3,0%, a maior para esse acumulado desde 2009. Na relação anual, abril 2011/2010, por sua vez, a elevação foi ainda maior: 8,0%.

Na perspectiva dos economistas da Serasa Experian, a evolução da inadimplência das empresas dependerá do quanto as medidas oficiais, para controle da inflação, buscarão desacelerar a economia no segundo semestre.

Na decomposição do indicador, conforme tabela abaixo, a inadimplência nas dívidas bancárias das empresas foi o único componente que cresceu, 7%, entre abril e março, contribuindo com 1,8% na relação mensal. No quarto mês do ano, na comparação com o mês anterior, o registro de protestos caiu 12,9% e o de cheques sem fundos 13,6%, dando contribuições negativas de 5,1% e 4,7%, respectivamente.

Valor médio das dívidas

De janeiro a abril de 2011, o valor médio das dívidas com bancos foi de R$ 5.073,92, o que representou 6,0% de elevação perante igual acumulado do ano anterior. Os títulos protestados, por sua vez, tiveram nos quatro primeiros meses deste ano um valor médio de R$ 1.705,21, com 7,5% de elevação sobre o mesmo período de 2010 Por fim, os cheques sem fundos tiveram, no primeiro quadrimestre de 2011, um valor médio de R$ 2.051,04, resultando assim em um aumento de 2,5% em relação ao acumulado de janeiro a abril do ano anterior.

Análise por porte

Em abril, quando comparado com março, todos os portes de empresas apresentaram queda na inadimplência. A das micro e pequenas recuou 7,9%, a das médias 7,6%, e a das grandes 10,0%. Já na comparação com abril de 2010, todos os portes tiveram elevação: 8,4% nas micro e pequenas, 5,1% nas médias, e 1,9% nas grandes empresas.

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