16 de Novembro de 2010 - 13h:14

Tamanho do texto A - A+

Demanda das empresas por crédito recua 4,4% em outubro, a segunda queda mensal consecutiva, aponta Serasa Experian

Micro e pequenas empresas lideraram queda em outubro

Por: Indicador Serasa Experian

Repetindo o mesmo comportamento acusado em setembro, a demanda das empresas por crédito tornou a cair em outubro. De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito, a quantidade de empresas que procurou crédito recuou 4,4% em outubro na comparação com o mês imediatamente anterior. Em relação a outubro de 2009, a demanda das empresas por crédito cresceu 2,5% e, no acumulado do ano de 2010, avançou 6,9% sobre o período de janeiro a outubro de 2009.

O recuo da demanda das empresas por crédito em outubro, segundo os economistas da Serasa Experian, é explicado pela sazonalidade do período, dado que a atividade produtiva, sobretudo no setor industrial, é mais fraca no último trimestre do ano. Logo, a queda da demanda por crédito no mês passado não pode ser encarada como uma reversão de tendência. A expectativa é que, nas comparações anuais (frente aos mesmos meses do ano passado), a demanda das empresas por crédito deverá continuar registrando variações positivas ao longo do quarto trimestre de 2010.

Análise por porte

Na classificação por porte, as micro e pequenas empresas foram as principais responsáveis pelo recuo da demanda por crédito (queda de 4,6% em relação a outubro). Nas médias empresas a queda mensal verificada foi de 0,4%. A procura por crédito em outubro somente exibiu variação positiva nas grandes empresas, as quais registraram elevação de 0,6%.

No acumulado de janeiro a outubro de 2010, as grandes empresas lideraram a procura por crédito: crescimento de 9,5% na comparação com os primeiros dez meses de 2009. As micro e pequenas empresas totalizaram elevação de 7,8% na demanda por crédito durante o período acumulado de janeiro a outubro de 2010. Já as médias empresas registraram recuo de 8,8%, isto porque muitas delas são empresas exportadoras, ainda encontrando um mercado externo pouco dinâmico, e sujeitas a uma taxa real de câmbio relativamente valorizada.

Análise por região

Todas as regiões geográficas do país registraram queda nas demandas das empresas por crédito em outubro/10. A maior delas ocorreu na região Nordeste, com recuo de 7,4% em relação a setembro/10, seguida pelas quedas de 5,7% ocorrida no Centro-Oeste e de 4,7% no Sudeste. Nas regiões Sul e Norte, as quedas em outubro foram menores: -1,2% e -1,9%, respectivamente.

No acumulado do ano (janeiro a outubro de 2010), a região Nordeste encontra-se na liderança do crescimento da demanda por crédito: alta de 10,6%.  O Centro-Oeste surge na segunda colocação, exibindo crescimento de 9,3% nos dez primeiros meses de 2010. A região Norte, com alta de 7,1% no acumulado do ano, aparece na terceira colocação, seguida de perto pela região Sudeste (crescimento de 6,4% frente ao período de janeiro a outubro de 2009). Na última posição encontram-se as empresas da região Sul com crescimento de apenas 4,5% em suas demandas por crédito.

Análise por setor

A maior queda na procura das empresas por crédito em outubro ocorreu no setor de serviços (-5,3%). As empresas industriais e do comércio exibiram recuos idênticos de 3,9% em suas demandas por crédito durante o mês de outubro de 2010.

No acumulado de janeiro a outubro de 2010 (comparativamente ao mesmo período do ano passado), as empresas do setor comercial, com alta de 7,8%, encontram-se na liderança da procura por crédito. Logo em seguida figuraram as empresas de serviços, com variação acumulada de 6,6% sobre o acumulado de janeiro a outubro de 2009. Por fim, a maior exposição do setor industrial ao cenário externo, ainda adverso, e ao câmbio valorizado, faz com que este setor apresente um avanço de apenas 4,2% em sua demanda por crédito no acumulado dos primeiros dez meses de 2010.

Metodologia do indicador

O Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CNPJs – cerca de 1,2 milhão –, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CNPJs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre as empresas e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica, setor e porte.

VOLTAR IMPRIMIR