16 de Agosto de 2010 - 09h:51

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De olho em crescimento, empresas investem em TI

Por: It Web

Imagine que tem apenas sete dias para conhecer melhor os seus clientes. Sete dias para entender suas necessidades e deixar seus produtos perfeitos para eles. Depois desses sete dias, você perde a chance de vender o que eles teriam amado comprar. É esse o desafio e a oportunidade que o CIO Bill Martin, da Royal Caribbean International, enfrenta com vários dos novos navios da empresa recheados de alta tecnologia. Assim que os passageiros estão à bordo de certas embarcações, um pequeno time, em terra, começa a rodar análises demográficas de clientes, combinando os resultados com as atividades de venda em tempo real, dentro do navio.

Por exemplo: se o spa tem horários vagos, a Royal Caribbean promove isso nas TVs interativas, presentes em todas as cabines, para aqueles hóspedes que parecem mais interessados na informação. Martin envia uma mensagem clara: a oportunidade de maiores lucros está ai, e é a TI que vai ajudar a alcançá-la. "Vemos o crescimento voltando", disse ele, "e por todo o mundo, não apenas na América do Norte".

Ninguém está dizendo que é uma recuperação econômica incrível, mas entrevistamos 333 líderes de TI, entre C-level e VP, e descobrimos um aumento significativo no otimismo, em relação ao ano passado. Em 2009, apenas 18% dos executivos seniores de TI acreditavam que "apresentar um produto ou serviço de TI" seria importante para a inovação de TI. Esse ano, o dobro dos entrevistados, 36%, vê as coisas dessa forma - a segunda área de inovação mais citada, depois de tornar os processos de negócio mais eficientes. Enquanto isso, corte nos gastos caiu e 32% considera, agora, prioridade de inovação, uma queda dos 40% do ano passado. 

Estão os CIOs em posição para entregar crescimento? Essa é a principal preocupação dos CIOs em nossa pesquisa - que suas áreas não conseguirão realizações rápidas o bastante para alcançar as exigências do negócio. Os líderes de TI fizeram suas partes durante os cortes de orçamento, reduzindo equipes e consolidando infraestruturas, mas será que lhes sobrou energia para responder às oportunidades de crescimento? 

Existe um outro risco: perder, completamente, a oportunidade de crescimento. Olhe para os números de nossa pesquisa de outra forma e vai notar que a maioria dos líderes de tecnologia do negócio ainda não usam a TI para gerar lucros e novos produtos. A TI tende a ficar mais confortável tornando os processos de negócio mais eficientes do que direcionando vendas, criando novos produtos e trabalhando com os clientes. Mas com a pressão de volta ao crescimento das empresas, a TI precisa fazer sua parte. 

Embora não esteja chovendo dinheiro para projetos de tecnologia, o orçamento nos últimos 18 meses tem sido mais generoso. Metade dos líderes de tecnologia de negócio que entrevistamos vê seus orçamentos crescendo esse ano, e mais de 1/3 deles espera que esse orçamento cresça 5% ou mais. Um pouco menos de 1/4 vê o orçamento diminuindo. 

Além disso, cerca de 2/3 dos líderes que entrevistamos acreditam que o lucro de suas empresas irá aumentar neste ano (17% disseram "significativamente") e apenas 11% prevê queda nos lucros. 

Depois de um ano de restrições de gastos, geralmente aumentando o ciclo de vida de PCs e servidores, alguns líderes de TI se preocupam em deixar as luzes acesas; "o negócio pede por metas de crescimento de renda que são verdadeiros malabarismos", disse um líder de TI que preferiu permanecer anônimo. "Os aumentos nos orçamentos de TI são anunciados, assim como orçamentos para investimentos, mas sem dinheiro suficiente para manter as bases estáveis". 

A confiança no crescimento não é forte o bastante para incentivar muitas contratações na área, mesmo que os CIOs estejam preocupados em ter a força necessária para tocar os projetos. Um terço diz que as contratações ainda estão congeladas e 4% afirma que pode haver demissão em vez de contratação. Cerca de 1/3 disse que pretende contratar, mas apenas para cargos que exigem habilidades especiais. Apenas 11% dos CIOs com quem falamos têm planos de contratar em várias áreas.

 

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