22 de Julho de 2010 - 11h:00

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Navita aposta em aquisições para crescer e atuar em novos mercados

Depois de receber aporte de fundo de investimentos, companhia busca oportunidades para desenvolver em plataformas não-BlackBerry

Por: Vitor Cavalcanti

A ambição da Navita se traduz em números expressivos. Para este ano a companhia especializada no desenvolvimento de aplicativos corporativos para a plataforma BlackBerry prevê um crescimento de 120%, atingindo um faturamento de R$ 10 milhões. E isso não deve ser difícil de acontecer, já que, apenas no primeiro semestre, o diretor-executivo da empresa, Roberto Dariva, afirma que o salto foi de 180% em relação ao mesmo período do ano passado.

Mas para conquistar mais espaço, a Navita entende que precisa atuar em outras plataformas. Recentemente, em entrevista para o especial de 10 anos do IT Web, o executivo já havia mencionado um aumento da demanda por aplicações para outros sistemas móveis por parte dos clientes. Como ele não quer que sua equipe perca o foco, a forma estruturada para atuar em outras searas é por meio de aquisições e fusões.

Para isso, eles utilizam a aproximação com o fundo de investimentos InvestTech, que fez aporte na companhia em 2009, para buscar oportunidades, inicialmente, no mercado brasileiro. De acordo com Dariva, a preferência é por empresas especializadas em Android e Symbian e com faturamento anual acima de R$ 500 mil. Windows Mobile está no radar, "mas em segundo plano, a Microsoft teve erros no passado e precisamos ver o que irá acontecer." Sobre o smartphone da Apple, ele acha que existe muita gente desenvolvendo e não faz tanto sentido.

Sem abrir números exatos, Dariva deu a entender que possui pouco mais de R$ 2,5 milhões para esta empreitada. O valor corresponde ao aporte que o fundo fez em 2009 para uso em pesquisa e desenvolvimento. Mas, como a companhia gerou caixa suficiente, devolveu a verba e agora toma novamente, mas com outro propósito.

"Até desanimamos no início do processo. Precisamos de algumas peças para um bom posicionamento e muitas empresas que encontramos no começo lembravam muito o início da internet, faziam qualquer coisa e sem padrão", comenta Dariva. Mas ele confessa já ter algumas possibilidades bem encaminhadas, o que deve gerar negócio até o final deste ano.

De acordo com o executivo, dentre os negócios prospectados, alguns serão adquiridos e, em outros casos, haverá processo de fusão. Se encaixam no alvo compra empresas que possuem bons produtos, mas não têm know-how comercial para alavancar os negócios. No caso de fusão, está no radar uma companhia de porte parecido com a Navita "e com sinergia grande. Eles lideram o segmento que atuam e juntando teremos algo que não há no mercado."

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