19 de Outubro de 2009 - 09h:56

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BOI: escala de abate mais longa

Por: A Tribuna

O mercado brasileiro de boi gordo teve uma semana marcada pelo registro de bons volumes de negócios por parte dos frigoríficos, que compraram bem e puderam manter as escalas de abate mais alongadas, a exemplo do que já ocorrera nos últimos dias.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Paulo Molinari, a oferta final de gado confinado segue entrando no mercado e pressionando os preços pagos pela arroba do boi e da vaca, garantindo um bom volume de demanda ao longo da semana.
“O ponto negativo é que as exportações de carne bovina permanecem em um ritmo muito ruim, o que impede um cenário de melhor preço para o setor”, afirma. Em São Paulo, a arroba foi cotada de R$ 74 (à vista) até R$ 77,00 (a prazo) na semana, contra valores de R$ 79,00 a R$ 81,00 da semana anterior.

Em Mato Grosso do Sul, as indicações de preços ficaram entre R$ 72,00 e R$ 73,00, ante os R$ 74,00 bruto verificados na semana passada. Em Goiás, a indicação de preço oscilou entre R$ 72,00 e R$ 73,00, contra os R$ 73,00 até R$ 74,00 bruto registrados na última semana. Em Mato Grosso, os preços seguiram inalterados na semana, oscilando entre R$ 68 e R$ 71,00 para a arroba.
No atacado paulista, embora a movimentação de negócios tenha sido mais firme, o mercado seguiu pressionado nos cortes de dianteiro, por conta das escalas de abate mais alongadas pelos frigoríficos. Os preços giraram em torno de R$ 6,20/R$ 3,60 nos cortes casados, com recuo de até dez centavos frente à semana anterior.

Em termos de mercado, foi marcada para hoje (19) uma nova assembleia geral de credores dos grupos Independência e Nova Carne Indústria e Alimentos, ambas em recuperação judicial. Na reunião, serão escolhidos os membros e substitutos do Comitê de Credores e, dentre outros assuntos, será discutida a aprovação do Plano de Recuperação Judicial. A última AGC foi em 5 de outubro, momento em que decidiram trocar a data da assembleia. Só terão direito a voto os credores credenciados na última reunião.
Já o frigorífico JBS-Friboi informou que a suspensão da cobrança do PIS/Cofins sobre toda cadeia de carne bovina no mercado interno pode trazer uma economia para a empresa de cerca de 9,25% da receita bruta da companhia oriundas de vendas domésticas.
Na quarta-feira, o governo federal publicou no Diário Oficial da União (DOU) o decreto que suspende a cobrança desses impostos sobre a cadeia da carne.

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