05 de Outubro de 2009 - 09h:44

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A preço de banana: 'Velha GM' vende os restos de um império

Por: Mike Spector - The Wall Street Journal, de Detroit

No 39o andar do Renaissance Center, o diretor-presidente da General Motors Co., Frederick Henderson, e seus gerentes estão tentando definir o futuro da montadora. No topo da lista estão o carro elétrico Volt e uma nova campanha de marketing.

Dois andares mais para baixo, Al Koch e dezenas de especialistas em recuperação judicial tentam dar um destino ao que restou do passado da GM. Estão procurando compradores para fábricas de automóveis fechadas, repletas de equipamentos obsoletos, e antigos locais usados pela GM poluídos por detritos tóxicos.

Os especialistas ficaram admirados com a rápida jornada de 40 dias da GM pelos tribunais de concordata este ano, quando suas melhores partes e marcas foram vendidas à empresa que sobreviveu. Mas a GM abandonou os seus piores componentes no purgatório da recuperação judicial.

Sobraram os restos de um grande império industrial: 200 propriedades, 5.000 robôs de linha de montagem, 320 quilômetros de correias transportadoras, e até um complexo de golfe.

Ao todo, uma entidade que alguns chamam de "Velha GM" mas é formalmente conhecida como Motors Liquidation Co., possui cerca de 5 milhões de metros quadrados de espaços indesejados de fábricas e escritórios — o equivalente a cerca de 25 edifícios como o Empire State. Pode levar anos para descartar todas essas propriedades, que inicialmente foram avaliadas pela Motors Liquidation, em documentos judiciais, em US$ 2,3 bilhões, mas que a firma agora acredita valerem muito menos.

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