02 de Setembro de 2009 - 09h:33

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Demitidos da Alcoolpan recebem ofertas de emprego em outros segmentos

Por: O Documento

Cerca de 60 pessoas que trabalharam durante o mês de junho na Usina Alcoopan, mas que ainda aguardam o pagamento do salário referente a esse período, receberam nesta terça-feira (01.09), ofertas de empregos na construção civil em Cuiabá e na linha de produção de um frigorífico em Nova Mutum.

Os empregos foram oferecidos pelo SINE, uma coordenadoria vinculada à Secretaria Estadual de Trabalho, Emprego e Cidadania (Setec), que faz a intermediação de vagas existentes no mercado de trabalho mato-grossense, encaminhando os trabalhadores cadastrados para estas novas colocações.

Uma equipe da coordenadoria esteve durante toda a tarde conversando com os ex-cortadores de cana da Alcoopan, no saguão do prédio das varas do trabalho da Capital, em uma estrutura montada pelo Núcleo de Conciliação do TRT de Mato Grosso.

Antes de dar início ao cadastramento dos interessados, a coordenadora do SINE, Ivone Lúcia Rosset, explicou aos trabalhadores que as vagas existentes em Cuiabá são para obras em andamento, portanto para início imediato; mas que não incluem alojamentos para seus empregados. Já a empresa cujas vagas são disponíveis para o município de Nova Mutum, oferece alojamento para seus empregados.

Desde o fim da semana passada os ex-trabalhadores da Alcoopan passam o dia no saguão do Fórum Trabalhista de Cuiabá, em busca do recebimento do salário atrasado.

Durante esse período, representantes do grupo estiveram reunidos com o juiz Luis Aparecido Torres, do Núcleo de Conciliação do TRT, e com membros do Ministério Público do Trabalho, quando foram informados que a Justiça do Trabalho não tem como liberar o pagamento, uma vez que não há dinheiro da empresa ou de seus sócios em nenhum processo trabalhista.

RECUPERAÇÃO JUDICIAL - O juiz explicou ainda que a Alcoopan encontra-se em processo de recuperação judicial desde fevereiro deste ano, impossibilitando assim que a Justiça trabalhista possa fazer bloqueio de bens e de dinheiro para garantir o pagamento das verbas devidas nos contratos de trabalhos assinados recentemente.

O magistrado lembrou ainda que em dezembro do ano passado, antes da empresa entrar em processo de recuperação judicial, a Justiça do Trabalho em Mato Grosso chegou a penhorar e vender uma fazenda da empresa, garantindo a quitação dos valores devidos a 288 cortadores de cana vindos do nordeste do país. Entretanto, os valores remanescentes dessa venda serão colocados à disposição do juiz que conduz o processo da recuperação judicial da executada.

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