16 de Junho de 2009 - 10h:17

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Credores analisam nesta terça-feira proposta da rede Baú para compra da Dudony

Por: Vinícius Carvalho - O Diário

A proposta de compra da Dudony pela rede de lojas do Baú, empresa do Grupo Silvio Santos, será decidida por votação nesta terça-feira, às 9 horas, na sede da empresa Trecxon Treinamento e Consultoria, na Zona 4, em Maringá. Na assembleia de credores, 240 pessoas físicas e jurídicas que possuem valores a receber da Dudony terão direito a voto.

Eles aguardam a finalização do processo de recuperação judicial, que começou em dezembro, para receber cerca de R$ 105 milhões. Os maiores credores da Dudony são bancos e fornecedores. Segundo o administrador do processo judicial, o advogado Paulo Hiroshi Kimura, a assembleia não representa, necessariamente, a conclusão do processo de recuperação judicial.

“Os credores votarão a ordem do dia, que é proposta de vendas dos ativos, prevista no plano de recuperação judicial”, explica o advogado. “A proposta de compra está implícita no plano”, explica

De acordo com o assessor jurídico da Dudony, Cleverson Colombo, a proposta feita pelo Baú é a compra desses ativos e a conversão do produto obtido com vendas em favor dos credores. “Esperamos que haja a aprovação dos credores, pois de outra forma, a única saída será a falência”, afirma Colombo.

A empresa do Grupo Silvio Santos teria se comprometido a manter os 922 funcionários da Dudony. Na semana passada, a Dudony fez uma queima de estoques e mostruário, encerrando oficialmente suas atividades. O assessor jurídico explica que a liquidação foi para o pagamento de algumas pendências, como aluguel e fornecedores.

Os advogados confirmam que a proposta feita pela rede de lojas do Baú é a única a ser analisada na assembleia de credores. A reunião é restrita às empresas, pessoas ou representantes que têm valores a receber da Dudony. De acordo com Colombo, esta é a primeira vez que ocorre uma assembleia de credores em Maringá, considerando a nova legislação administrativa.

Antes da existência do processo de recuperação judicial, as empresas decretavam concordata ou falência. Os problemas financeiros da Dudony se acentuaram no segundo semestre de 2008, quand perdeu acesso a financiamento de capital de giro e sofreu bloqueio de uma conta de R$ 1 milhão, obstruída por um dos bancos credores.

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