11 de Dezembro de 2008 - 13h:34

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Cresce certificação de produção sustentável

Por: Valor Econômico

Ao mesmo tempo em que acompanha com preocupação as curvas descendentes dos preços do óleo de palma no mercado internacional, Marcello Brito, diretor comercial da Agropalma, maior empresa do segmento no Brasil, tenta acelerar a implantação de regras sustentáveis para a produção no país e no mundo. 

Engenheiro de alimentos, Brito foi eleito recentemente diretor da Mesa Redonda do Óleo de Palma Sustentável (RSPO, na sigla em inglês), registrada na Suíça e com escritório central na Malásia. O executivo participa da entidade desde que ela foi criada, em 2004. A RSPO reúne 263 sócios ordinários, dois deles brasileiros. Além da própria Agropalma, o Instituto Biodinâmico, também é sócio da entidade. 

Em 2008, afirma Brito, foram certificadas como sustentáveis 1,5 milhão de toneladas de óleo de palma produzidas na Malásia e Papua Nova Guiné, os únicos países que já oficializaram adaptações locais para os princípios e critérios universais estabelecidos pela RSPO. As adaptações para a realidade doméstica sugeridas pela Indonésia estão em fase de revisão, e o Brasil ainda deverá demorar entre três e cinco meses para concluir trabalho semelhante. 

"Depois de pronto esse trabalho, as empresas interessadas podem pedir para serem auditadas por certificadoras habilitadas pela RSPO", explica Brito. Ainda que a produção mundial alcance cerca de 37 milhões de toneladas, ele considerada o volume já certificado bastante significativo, sobretudo quando comparado a outras cadeias produtivas que também contam com suas "mesas redondas sustentáveis". De acordo com ele, o importante é que a certificação seja bem feita e não perca a credibilidade. (FL) 

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