12 de Setembro de 2008 - 14h:20

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Expansão de 6,1% do PIB surpreende a indústria

Por: FIEMT

O crescimento de 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2007 ficou acima das previsões da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que estimava uma expansão de 5,5%. “Isso é muito positivo”, disse o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto.

Ao analisar os dados divulgados nesta quarta-feira, 10 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Monteiro Neto destacou que o bom desempenho da economia é resultado da expansão do consumo interno e dos investimentos.

“A consistente elevação da taxa de investimento na economia é muito saudável, porque pode atenuar eventuais desequilíbrios entre oferta e demanda”, afirmou. De acordo com o IBGE, os investimentos cresceram 16,2% no segundo trimestre, um ritmo quase três vezes superior ao da economia.

O presidente da CNI lembrou que a indústria, com crescimento de 5,7% no segundo trimestre na comparação com o mesmo período de 2007, teve um desempenho semelhante ao do total da economia. “Os dados demonstram que, mais uma vez, a indústria dará uma contribuição positiva ao crescimento da economia brasileira.”

Para 2009, a estimativa é que a retração da economia mundial afete as exportações e a produção brasileira. “A nossa aposta é de que o Brasil poderá crescer menos, mas ainda vai crescer acima da média mundial”, afirmou Monteiro Neto.

JUROS - Na avaliação do presidente da CNI, o aumento de 5,7% no consumo das famílias no segundo trimestre em relação a igual período do ano passado não justifica a elevação dos juros. “A demanda está sendo atendida pelas importações e pelo aumento da capacidade instalada da indústria. Conseqüentemente, não há razão para mais um aperto na política monetária.”

Ele acrescentou que há sinais claros de desaceleração dos preços. “Portanto, na nossa avaliação não há razão para o Banco Central elevar a taxa de juros.”

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