29 de Janeiro de 2007 - 16h:11

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Taxa de juros do crédito no País é a menor desde 2000

A taxa média de juros do crédito livre teve queda de 6,1 pontos porcentuais, fechando 2006 em 39,8%, o menor valor desde o início da série histórica.

Por: Agência Estado

A taxa média de juros do crédito livre no Brasil teve em 2006 uma queda acumulada de 6,1 pontos porcentuais, fechando o ano em 39,8%, de acordo com o Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC). O valor é o menor desde o início da série histórica em junho de 2000. No final de 2005, a taxa média de juros estava em 45,9%.

Nas operações com pessoas físicas, a taxa média de juros do crédito livre teve redução de 1,5 ponto porcentual, em dezembro, e passou dos 53,6%, de novembro, para 52,1% ao ano, também a menor da série iniciada em julho de 1994. Em 2006, os juros do crédito livre para pessoa física teve uma queda de 7,2 pontos porcentuais. Em dezembro de 2005, a taxa média de juros do crédito livre para pessoa física era de 59,3% ao ano.

Nos empréstimos para pessoas jurídicas, a taxa média de juros caiu 0,4 ponto porcentual em dezembro, passando de 26,6% para 26,2% ao ano e atingindo seu menor nível desde outubro de 2002. Em 2006, os juros das operações com pessoas jurídicas tiveram uma redução de 5,5 pontos porcentuais. Em dezembro de 2005, a taxa média de juros dessas operações estava em 31,7%.


Crédito
As operações de crédito do sistema financeiro do País tiveram em 2006, uma expansão acumulada de 20,7%. Na comparação com o Produto Interno Bruto (PIB), o crédito fechou o ano passado em 34,3%, superior ao porcentual de 2005, de 31,2%. Em dezembro, o crescimento foi de 2,3% em relação a novembro. Com a variação, o saldo dos empréstimos bancários passou dos R$ 716,522 bilhões para R$ 732,835 bilhões.

A base monetária (papel moeda emitido mais reservas bancárias) no fim de 2006 ficou em R$ 118,304 bilhões, dentro da faixa de variação da base monetária, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o último trimestre do ano, entre R$ 95,8 bilhões e R$ 129,7 bilhões. Em 2006, a base monetária, pelo conceito de média, teve um crescimento acumulado de 20,3%.

Pelo conceito de ponta (final do período), a base monetária teve em dezembro expansão de 15%. Com isso, o saldo da base, ao final do período, cresceu dos R$ 105,335 bilhões de novembro para R$ 121,102 bilhões no final do ano passado. Ao longo de 2006, a base monetária apresentou uma expansão de 19,6%.


Spread
O spread (diferencial entre taxa de captação de recursos pelos bancos e aplicação) das operações de crédito livre teve, ao longo de 2006, uma queda acumulada de 1,4 ponto porcentual, fechando dezembro em 27,2 pontos porcentuais. A redução é bem menor que a queda da taxa média de juros. No final de 2005, o spread das operações de crédito livre estava em 28,6 pontos porcentuais.

Nas operações com pessoas físicas, o spread teve uma redução acumulada de 3,2 pontos porcentuais, ficando em 39,6 pontos porcentuais. No final de 2005 o spread dessas operações estava em 42,8 pontos porcentuais.

Nos empréstimos para pessoas jurídicas, o spread fechou 2006 com uma queda de 0,3 ponto porcentual, após subir 0,1 ponto porcentual em dezembro, para 13,5 pontos. Em dezembro de 2005, o spread do crédito livre para pessoa jurídica estava em 13,8 pontos porcentuais.


Inadimplência
A taxa de inadimplência do crédito livre teve, em 2006, crescimento de 0,8 ponto porcentual, ficando em 5%. Em dezembro de 2005, a taxa de inadimplência estava em 4,2%.

Nas operações com pessoas físicas, a inadimplência teve aumento de 0,9 ponto porcentual. No final de 2005, a inadimplência dessas operações era de 6,7%.

Nos empréstimos para pessoas jurídicas, a taxa de inadimplência teve um aumento de 0,7 ponto porcentual, ficando em 2,7%. No final de 2005, a inadimplência do crédito livre para pessoas jurídicas estava em 2%.
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