23 de Janeiro de 2007 - 18h:28

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Pauta da Madeira: Proposta será entregue hoje

Por: Diário de Cuiabá

Uma nova proposta elaborada pelo setor madeireiro referente ao reajuste na pauta da madeira está agendada para ser entregue hoje à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). Na proposta, os representantes do setor madeireiro do Nortão decidiram propor um reajuste de 12%, dividido em duas parcelas em contraproposta ao reajuste estipulado pela Secretaria de 44%, em média para a pauta. A sugestão será entregue à Sefaz por meio da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt).

Os empresários do setor pretendem sensibilizar a Sefaz para um reajuste menor da pauta da madeira. A sugestão é de que os 12% sejam divididos em duas parcelas. A tabela aumentaria 7% no mês de março e os outros 5% restante a partir do mês de julho.

Os representantes do setor madeireiro entendem que um aumento de 44% na tabela deixaria o produto fora de qualquer chance de competir, principalmente, com a madeira extraída do Pará e Rondônia.

Na reunião que decidiu a nova proposta, os empresários também acertaram que, caso a Sefaz não aceite a negociação do reajuste da nova pauta da madeira, o setor irá tomar as medidas judiciais cabíveis para que o reajuste não entre em vigor.

“Esperamos não ter que utilizar recursos judiciais para resolver esta questão, pois preferimos resolvê-la diplomaticamente”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), Jaldes Langer.

A nova pauta, que é instituída pela Portaria 143/2006, está prevista para entrar em vigor no próximo dia primeiro de fevereiro. Porém, o setor espera que a Secretaria reveja o reajuste proposto.

“O aumento da pauta significa um aumento da carga tributária para a indústria madeireira, visto que ela dita a base de cálculo para a cobrança do ICMS sobre a venda da madeira. Esperamos que alguma negociação seja feita nesse sentido para que os reajustes sejam menores”, afirma Langer.

COMPETITIVIDADE -- O Sindusmad acredita que, com a nova pauta da madeira, Mato Grosso não terá como competir com Pará e Rondônia. Depois do reajuste de 44%, o metro cúbico de uma das espécies, a Itaúba, irá custar no Estado R$ 665.

No Pará, a mesma espécie custa R$ 240. Isso significa que o valor praticado no Estado é 177% maior que o do Pará. Comparando com Rondônia, a tabela de Mato Grosso é 90% maior, levando-se em conta que o metro cúbico da mesma espécie naquele estado custa R$ 350.

Pela nova pauta, o Ipê passará a custar R$ 1,52 mil o metro cúbico. No Pará, o valor mais caro da mesma espécie custa hoje R$ 520, o que representa uma diferença de 192% entre os dois estados.

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