05 de Março de 2008 - 13h:32

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Promotor defende mudanças nas fundações de apoio às universidades

O desvio de finalidade foi o principal fator apontado como falho na administração das fundações, já que, segundo ele, deveriam servir de apoio à universidades mas atuam como empresas

Por: ABr

O promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal Gladaniel Palmeira de Carvalho defendeu na terça-feira (4/2) a revisão no modelo de fundações de apoio às universidades públicas.

“Esse sistema precisa passar por uma urgente reforma. Do Acre ao Rio Grande do Sul, essas fundações não contribuem para a pesquisa e para as universidades. Vemos isso na dificuldade dos pesquisadores em desenvolver suas pesquisas em todo o país”, disse em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das ONGs (Organizações Não-Governamentais) no Senado.

O promotor é um dos responsáveis pela investigação das denúncias de desvio de recursos da Finatec, ligada à Universidade de Brasília.

O desvio de finalidade foi o principal fator apontado como falho na administração das fundações, já que, segundo ele, deveriam servir de apoio à universidades mas atuam como empresas, inclusive utilizando o espaço público para o desenvolvimento dessas atividades empresariais.

Gladaniel disse que as fundações além de burlarem o princípio da licitação, promovem subcontratação e se envolvem “em esquemas ilegais para beneficiarem prefeituras, órgãos federais e empresas”.

“Temos aí um sistema de manifesto caixa-dois, com apropriação do patrimônio público para beneficiar pessoas”, afirmou.

A CPI deve ouvir ainda hoje o reitor da Universidade de Brasília, Timothy Mulholland. O presidente afastado do Conselho Superior da Finatec (Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos), Antônio Manuel Dias Henrique, também foi chamado para prestar depoimento, mas comunicou à CPI que acompanha a irmã em uma cirurgia em São Paulo. 


 

 

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