17 de Agosto de 2017 - 14h:43

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Oi tem prejuízo de R$ 3,3 bilhões no 2º trimestre

Perda é 16 vezes maior do que a apurada entre janeiro e março, de R$ 200 milhões.

Por: G1

O grupo de telecomunicações Oi teve prejuízo líquido de R$ 3,30 bilhões no segundo trimestre. O resultado foi impactado por perdas com posições de hedge (contratos em bolsa que protegem contra oscilação do dólar) que foram fechadas por causa da recuperação judicial, segundo a companhia.

Perda é 16 vezes maior do que a apurada entre janeiro e março, de R$ 200 milhões. Já no segundo trimestre de 2016, a empresa havia registrado prejuízo líquido de R$ 822 milhões.

O resultado negativo veio muito acima da expectativa média de analistas apurada pela Reuters, de prejuízo de R$ 332,8 milhões.

A receita líquida da Oi somou R$ 5,83 bilhões de abril a junho, queda de 10,5% na comparação anual e de 5,2% no confronto trimestral. Considerando apenas a operação no Brasil, o faturamento líquido foi de R$ 5,79 bilhões, recuo de 8,4% frente ao segundo trimestre de 2016 e de 4,5% ante os primeiros três meses deste ano.

Em ambas as comparações, caíram todas as receitas vindas de serviços residenciais (linhas fixas, banda larga e TV paga) e de serviços móveis, incluindo os serviços B2B, prestados a outras companhias.

A Oi diminuiu seus custos em R$ 687 milhões no segundo trimestre. No ano todo, o corte chega a R$ 1,2 bilhão. Em nota, a companhia diz que a redução é seu foco e que busca garantir "a eficiência operacional e a sustentabilidade do negócio".

Os investimentos da operadora totalizaram R$ 1,23 bilhão entre abril e junho, queda de 1,5% em um ano e de 2,6% frente o aportado entre janeiro e março.

Dívida crescente

A dívida bruta da operadora era de R$ 51,93 bilhões em junho, aumento de 7,5% ante março e de 11% em um ano. A dívida líquida, da qual são subtraídas as quantias em caixa, era de R$ 44,49 bilhões em março, alta de 9,6% em um ano.

De acordo com a Oi, o endividamento bruto cresceu por conta do acúmulo dos juros e da desvalorização do real frente ao dólar e ao euro. A empresa não paga juros aos credores e nem abate parte do valor principal da dívida desde 20 de junho do ano passado, quando pediu recuperação judicial.

A operadora protagoniza a maior recuperação judicial da história no país, que envolve dívidas de R$ 65 bilhões. Em comunicado de divulgação do balanço trimestral, ela diz que "segue evoluindo dentro da normalidade no processo" mesmo com sua complexidade.

*Com Reuters
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